O Evangelho apresenta Jesus conversando com os
saduceus, os quais negavam a ressurreição. E, é precisamente sobre este
tema que fazem uma pergunta para Jesus, para constrangê-lo e ridicularizar a fé
na ressurreição dos mortos.
Partem de um caso imaginário, “Uma mulher teve sete maridos, mortos um após o outro”, e perguntam a Jesus: “De quem ela será mulher depois de sua morte?”.
Jesus, primeiro responde que a vida após a
morte não tem os mesmos parâmetros do que a terrestre. A vida eterna é uma
outra vida, em outra dimensão, onde, entre outras coisas, não haverá mais
matrimônio, que é ligado com a nossa existência neste mundo. Os
ressuscitados serão como os anjos, e eles vão viver em um estado diferente, que
agora não podemos experimentar e nem mesmo imaginar.
A prova da ressurreição, Jesus a encontra no
episódio de Moisés e da sarça ardente, onde Deus se revela como o Deus de
Abraão, Isaac e Jacó. O nome de Deus está ligado aos nomes de homens e mulheres
com os quais Ele se relaciona, e essa ligação é mais forte que a morte. É por
isso que Jesus diz: “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos
vivem para ele”. E a ligação decisiva, a aliança fundamental é a de Jesus.
Ele mesmo é a Aliança, ele é a vida e a ressurreição, porque com o seu amor
crucificado venceu a morte. Em Jesus, Deus nos dá a vida eterna, a dá a todos,
e todos graças a ele, têm a esperança de uma vida ainda mais verdadeira do que
esta. A vida que Deus prepara para nós não é uma mero enfeite da atual, ela
está além da nossa imaginação, porque Deus nos surpreende continuamente com o
seu amor e sua misericórdia.
Não é esta vida que fará referência para a
eternidade, mas é a eternidade que iluminará e dará esperança para a vida
terrena de cada um de nós! Se olharmos apenas com o olho humano, tendemos a
dizer que o caminho do homem vai da vida para a morte.
Jesus inverte essa perspectiva e afirma
que a nossa peregrinação vai da morte para a vida: a vida plena! Assim, a morte
está para trás, não diante de nós. Diante de nós está o Deus dos vivos, está
a derrota final do pecado e da morte, o início de um novo tempo de alegria e de
luz infinita.
Papa Francisco – 10 de
novembro de 2013
Hoje celebramos:
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