O Evangelho deste domingo nos fala sobre os
últimos tempos. Jesus pronuncia-o em Jerusalém, nos arredores do templo; e a
oportunidade é-lhe proporcionada pelas pessoas que falavam do templo e da sua
beleza, porque aquele templo era bonito! Então, Jesus disse: Dias virão em
que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra. Naturalmente,
perguntam-lhe: quando acontecerá isto? Quais serão os sinais? Mas Jesus desvia
a atenção destes aspectos secundários — quando será? como será? — desvia para
as questões verdadeiras.
E são duas. Primeira: não se deixar enganar
pelos falsos messias e não se deixar paralisar pelo medo. Segunda: viver o
tempo da expectativa como tempo do testemunho e da perseverança. E nós vivemos
neste tempo da expectativa, da espera da vinda do Senhor.
Este discurso de Jesus é sempre atual, também
para nós que vivemos no século XXI. Ele repete-nos: Prestai atenção para não
serdes enganados. Muitos virão em meu nome. Trata-se de um convite ao
discernimento, aquela virtude cristã de compreender onde se encontra o espírito
do Senhor e onde está o espírito maligno.
E o Senhor ajuda-nos também a não ter medo:
perante as guerras e as revoluções, mas inclusive diante das calamidades
naturais e das epidemias, é Jesus quem nos liberta do fatalismo e das falsas
visões apocalípticas.
O segundo aspecto interpela-nos precisamente
como cristãos e como Igreja: Jesus prenuncia provações dolorosas e perseguições
que os seus discípulos deverão padecer por causa d’Ele. No entanto, assegura: Não
se perderá um só cabelo da vossa cabeça. Ele recorda-nos que estamos
totalmente nas mãos de Deus!
É pela vossa constância que alcançareis
a salvação.
Quanta esperança há nestas palavras! Elas são um hino à esperança e à
paciência, ao saber esperar os frutos seguros da salvação, confiando no sentido
profundo da vida e da história: as provações e as dificuldades fazem parte de
um desígnio maior; o Senhor, Dono da história, leva tudo ao seu cumprimento. E
esta é a nossa esperança: ir em frente assim, por este caminho, no desígnio de
Deus que se realizará. Esta é a nossa esperança!
Papa Francisco – 17 de
novembro de 2013
Hoje celebramos:
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