Sílvia nasceu em
Roma por volta do ano 520. Sua família, porém, era originária da Sicília e de
condição modesta. Recebeu desde o berço, formação cristã sólida, pois sua
família era formada por cristãos caridosos e praticantes. Não conhecemos nada
sobre sua infância, porém, sabe-se que sua adolescência foi marcada por um
período bastante turbulento, que compreendeu a queda do Império Romano e a
invasão dos bárbaros.
Com 18 anos Silvia
casou-se com um senador romano chamado Jordão, filho da nobre e rica família
Anici. Esta família era originariamente romana e muito influente. Vários senadores
da Itália foram Anici. O casal foi morar no Monte Célio, num palácio da família
do marido, junto com duas irmãs dele, chamadas Tarsila e Emiliana. Silvia, que
vinha de uma família mais simples, soube transitar pela nobreza guardando sua
simplicidade e fé. Sabe-se que as cunhadas Tarsila e Emiliana também eram
cristãs fervorosas, a ponto de também terem se tornado santas. Assim, o
ambiente na família era de fé e amor.
Silvia e Jordão
tiveram dois filhos. O primogênito foi Gregório, (futuro papa São Gregório
Magno), que nasceu no ano 540. Quanto ao segundo filho, não se sabe o nome.
Gregório citava-o frequentemente em seus textos, porém, sem revelar seu nome.
Santa Silvia soube educar seus filhos na fé sem deixar que sua família se
corrompesse em meio à decadência do império romano. Tanto que o mais velho
tornou-se Papa e o mais novo era sempre citado por seus exemplos de vida. Santa
Silvia soube conciliar o “ser esposa de político”, “ser mãe” e “ser educadora
na vida e na fé” com maestria.
Procurava ficar a
parte das festas e banquetes cheios de luxo e prazeres que a alta sociedade
romana oferecia. Sua preocupação era auxiliar os pobres de todas as formas que
conseguia, juntamente com suas cunhadas e seus filhos. Assim, ela ensinava a
eles que a caridade era muito mais importante, um bem precioso que agrada a
Deus.
Os dois filhos seguem
os passos de seu pai, especialmente Gregório, que se tornou o oficial Império,
chegando ao cargo de Prefeito de Roma. No coração, no entanto, retém uma
profunda necessidade de vida espiritual e a aspiração secreta de dedicar-se
inteiramente à oração e à meditação.
A morte de seu pai
acelera essa escolha definitiva e ele transforma a esplêndida vila paterna em
Celio em um monastério, no qual ele entra como um monge simples, seguido por
muitos outros jovens romanos.
Depois disso, Santa
Silvia, vendo que sua missão de mãe estava cumprida, ingressou na vida
religiosa e foi morar num mosteiro fora de Roma. Lá ela faleceu certamente
depois do ano 594.
O dia de sua festa
litúrgica foi estipulado em 3 de novembro. No ano 1604 as relíquias da santa
fora trasladadas para a igreja construída por São Gregório no monte Célio, no
mesmo local onde nasceu e a família Anici viveu buscando a santidade. A igreja
passou a se chamar Igreja dos Santos Gregório e André.
Ela é invocada
por mulheres grávidas para ter um parto seguro.
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