quarta-feira, 27 de março de 2019

27 de março - Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. Mt 5,17


Depois das Bem-Aventuranças, que são o seu programa de vida, Jesus proclama a nova Lei, a sua Tora, como lhe chamam os nossos irmãos judeus. Com efeito, com a sua vinda o Messias devia trazer também a revelação definitiva da Lei, e é precisamente isto que Jesus declara: Não julgueis que vim abolir a Lei ou os Profetas. Não vim para os abolir, mas sim para os levar à perfeição. E, dirigindo-se aos seus discípulos, acrescenta: Se a vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos Céus. Em que consiste esta plenitude da Lei de Cristo, esta justiça superior que Ele exige?

A novidade de Jesus consiste, essencialmente, no fato de que Ele mesmo completa os mandamentos com o amor de Deus, com a força do Espírito Santo que habita nele. E nós, através da fé em Cristo, podemos abrir-nos à obra do Espírito Santo, que nos torna capazes de viver o amor divino. Por isso, cada preceito se torna verdadeiro, como exigência de amor, e todos convergem num único mandamento: ama a Deus com todo o coração, e ao teu próximo como a ti mesmo.

A caridade é o pleno cumprimento da lei, escreve são Paulo. Diante desta exigência, por exemplo, o piedoso caso das quatro crianças ciganas, mortas na semana passada na periferia desta cidade, na sua barraca queimada, impõe que nos perguntemos:  se fôssemos uma sociedade mais solidária e fraterna, mais coerente no amor, ou seja mais cristã, não terámos evitado este trágico fato? 
E esta pergunta vale para muitos outros acontecimentos dolorosos, mais ou menos conhecidos, que se verificam diariamente nas nossas cidades e nos nossos povoados.

Papa Bento XVI – 13 de fevereiro de 2011

Hoje celebramos:

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