Na página do
Evangelho de Mateus, que pertence ao assim chamado Discurso da montanha, Jesus
faz referência a três práticas fundamentais previstas pela Lei Mosaica: a
esmola, a oração e jejum: são também indicações tradicionais no caminho
quaresmal para responder ao convite de “voltar a Deus como todo o coração”.
Mas Jesus destaca que
seja a qualidade e a verdade da relação com Deus o que qualifica a
autenticidade de cada gesto religioso. Por isso, Ele denuncia a hipocrisia
religiosa, o comportamento que quer aparecer, as atitudes que buscam o aplauso
e a aprovação. O verdadeiro discípulo não serve a si mesmo ou ao
“público”, mas ao seu Senhor, na simplicidade e na generosidade: “E o teu Pai,
que vê no escondido, te dará a recompensa”.
O nosso testemunho
então será sempre mais incisivo quando menos buscarmos nossa glória e formos
conscientes que a recompensa do justo é o próprio Deus, o ser unido a Ele,
aqui, no caminho da fé, e, ao término da vida, na paz e na luz do encontro face
a face com Ele para sempre.
Queridos irmãos e
irmãs, iniciemos confiantes e alegres o itinerário quaresmal. Ressoe forte em
nós o convite à conversão, a “voltar para Deus com todo o coração”, acolhendo a
sua graça que nos faz homens novos, com aquela surpreendente novidade que é
participação à vida do próprio Jesus. Nenhum de nós, portanto, seja surdo a
este apelo, que nos é dirigido também no austero rito, tão simples e ao mesmo
tempo tão sugestivo, da imposição das cinzas, que daqui a pouco realizaremos.
Nos acompanhe neste tempo a Virgem Maria, Mãe da Igreja e modelo de todo
autêntico discípulo do Senhor. Amém!
Papa Bento XVI – 13 de fevereiro de 2013
Hoje celebramos:
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