Simplício nasceu na
cidade de Tivoli, cidade italiana, em data desconhecida e foi o Papa número 47
da Igreja Católica – sucessor de Hilário – e seu pontificado durou de
468 a 483. Fazia parte do clero romano e tinha larga escala no serviço social e
pastoral da Igreja. Conviveu com São Leão Magno, e era um amante da arte. Durante
seu governo foi destituído o imperador Rômulo Augusto, pondo fim ao império
romano do Ocidente, Roma e toda a Itália foram invadidas por vários povos
bárbaros: visigodos, hunos e vândalos.
Em tempos da heresia
do monofitismo no século V – que acreditava unicamente na natureza divina de
Jesus Cristo – este santo defendeu sempre a autoridade da Santa Sé e a
independência da Igreja Católica diante do poder político, sobretudo, porque os
governantes bizantinos queriam unificar ambas as esferas.
Por exemplo, no ano
476, quando o usurpador Flávio Basilisco se apoderou do trono do imperador
romano do Oriente, Zenão, e publicou um edito religioso que rechaçava o
Concílio de Calcedônia (451) – o qual condenava a heresia do monofitismo –, o
Papa Simplício fez todos os esforços para manter o dogma católico e as
definições deste último concílio.
Concretamente, São
Simplício exortou a ser fiéis à verdadeira fé em suas cartas enviadas a alguns
membros do clero, ao Bispo de Constantinopla (Acácio) e ao próprio usurpador
Flávio Basilisco.
“Esta mesma norma de
doutrina católica se mantém firmemente por seus sucessores (os de Pedro), a
quem o Senhor confiou o cuidado de todo o rebanho de ovelhas, a quem prometeu
não os deixar até o fim dos tempos”, disse o Papa Simplício em 10 de janeiro de
476.
O santo também
exerceu um severo cuidado pastoral na Europa Ocidental, publicando decisões
sobre questões eclesiásticas. Entre essas, nomeou o Bispo de Sevilla como Vigário
Papal na Espanha, de forma que os privilégios da Santa Sé puderam se exercer no
próprio país.
Os contemporâneos do
santo concordam que levou uma vida austera, de oração constante e
mortificações.
Faleceu em 10 de
março de 483.
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