Jesus devia
ressuscitar ao terceiro dia após a crucifixão; eis porque está escrito nos
evangelhos que os judeus que com Ele conversavam disseram: “Mostra-nos um sinal.” Ele respondeu-lhes: “O único sinal que vos será dado é o de Jonas.”
Com tais palavras
veladas, podiam os auditores compreender que após a crucifixão, ao terceiro
dia, Ele ressuscitaria. Mostrava-lhes assim que havia mais maldade nos seus
compatriotas que na cidade de Nínive; porque quando, sendo lançado ao terceiro
dia para fora do ventre do grande peixe, Jonas anunciou aos ninivitas que após
três dias pereceriam em massa, estes proclamaram jejum a todos os seres vivos,
homens e animais, com vestes de luto, com violentos lamentos, verdadeira
penitência e a renúncia à injustiça.
Eles acreditaram que
Deus é misericordioso, que é um espírito benevolente, para todos aqueles que
fogem do mal. De tal forma que, desde o momento em que o rei desta cidade em
pessoa e os homens importantes passaram também a envergar vestes de luto e
perseveraram no jejum e na oração, a cidade não foi destruída.
Ora, como Jonas ficou
triste com isto, Deus repreendeu-o por se ter injustamente desencorajado com o
fato de a grande cidade de Nínive não ter sido ainda destruída. E disse: “E não hei de compadecer-Me da grande
cidade de Nínive, onde há mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem distinguir
entre a sua mão direita e a sua mão esquerda?”
São
Justino – século II
Hoje celebramos:
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