Hoje ouvimos Jesus
chamar os seus discípulos, convidando-os a anunciar o Evangelho: é Ele que
chama. O Evangelho diz que os chamou e enviou, dando-lhes poderes: para
expulsar os espíritos impuros, para libertar e para curar. Este é o poder que
Jesus dá. Com efeito, Ele não dá o poder de manobrar ou de fazer grandes
empreendimentos, mas o poder que Ele mesmo tinha recebido do Pai. E fá-lo com
um conselho claro: ide em grupos, e para o caminho levai apenas um bordão; nem
pão, nem mochila, nem dinheiro: em pobreza!
E o Evangelho é tão
rico e forte que não tem necessidade de grandes feitos para ser anunciado. É
preciso anunciá-lo em pobreza e o verdadeiro pastor sai como Jesus: pobre, para
anunciar o Evangelho com este poder. E quando o Evangelho é conservado com esta
simplicidade e pobreza, vê-se claramente que a salvação não é uma teologia da
prosperidade mas um dom, o mesmo dom que Jesus tinha recebido para oferecer.
Lembremos da bonita
cena da sinagoga, quando Jesus se apresenta aos seus: “Fui enviado para
anunciar a salvação, para proclamar a boa nova aos pobres, a libertação aos
cativos, a vista aos cegos, a liberdade aos oprimidos; para anunciar o ano de
graça e de alegria”: esta é a finalidade do anúncio evangélico, sem coisas
estranhas e mundanas.
Mas o que manda Ele
que façam os discípulos, qual é o seu programa pastoral?
Simplesmente curar,
erguer, libertar, expulsar demônios. Isto coincide com a missão da Igreja, que
cura. A ponto que, recordou, às vezes falei da Igreja como de um hospital de
campo: é verdade! Quantos feridos! Quantas pessoas esperam que as suas feridas
sejam curadas!
Esta é a missão da
Igreja, curar as feridas do coração, abrir portas, libertar, anunciar que Deus
é bom, perdoa tudo, é pai, é terno e está sempre à nossa espera.
Papa
Francisco – 05 de fevereiro de 2015
Hoje
celebramos:
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