O detalhe mais
evidente deste evangelho é que Jesus está sempre no meio da multidão. A palavra
“multidão” repete-se três vezes. E não se trata, de um ordenado cortejo de
pessoas, com os guardas que lhe fazem escolta, a fim de que as pessoas não o
toquem: antes, é uma multidão que envolve Jesus, que o abraça. E ele permanece
ali. Aliás, cada vez que Jesus saía, a multidão era maior. Talvez, os
especialistas em estatísticas teriam podido publicar: “Diminui a popularidade
do Rabi Jesus”. Mas ele procurava outro aspecto: procurava as pessoas. E elas
procuravam-no: mantinham os olhos fixos n’Ele e Ele nelas.
Poder-se-ia objetar:
Jesus dirigia o olhar para as pessoas, para a multidão. Contudo, não era assim:
para cada um. Porque precisamente esta é a peculiaridade do olhar de Jesus. Ele
não massifica as pessoas: Jesus olha para cada um. A prova pode ser encontrada,
várias vezes, nas narrações bíblicas. No evangelho do dia, por exemplo, lê-se
que Jesus perguntou: Quem me tocou? quando estava no meio do povo, que o
comprimia. Parece estranho, os próprios discípulos diziam-lhe: Mas tu vês a
multidão que se comprime ao teu redor!
Desconcertados, pensaram: «as talvez ele não
tenha dormido bem. Talvez se confunda» Contudo Jesus tinha certeza: Alguém me
tocou! De fato no meio daquela multidão Jesus deu-se conta daquela idosa que o
tinha tocado. E curou-a. Havia muitas pessoas mas ele prestou atenção
precisamente nela, uma senhora idosa.
Tudo isto para
dizer que o olhar de Jesus se dirige para o grande e para o pequeno. Ele, olha
para todos nós, mas olha para cada um de nós. Olha para os nossos grandes
problemas, para as nossas grandes alegrias; e olha também para as nossas
pequenas coisas, porque está próximo. Assim Jesus olha para nós.
Papa
Francisco – 31 de janeiro de 2017
Hoje celebramos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário