Depois da
experiência da missão, os Apóstolos voltaram felizes mas também cansados. E
Jesus, cheio de compreensão, deseja dar-lhes um pouco de alívio; então,
retira-se com eles para um lugar deserto, a fim de que possam descansar um pouco.
Mas viram-nos partir e perceberam para onde iam... e assim precederam-nos. E
nesta altura o evangelista oferece-nos uma imagem singularmente intensa de
Jesus, fotografando por assim dizer os seus olhos e captando os sentimentos do
seu Coração; assim diz o evangelista: Ao descer da barca, Jesus viu uma grande
multidão e compadeceu-se dela, porque eram como ovelhas sem pastor. E começou a
ensinar-lhes muitas coisas.
Retomemos os três
verbos desta fotografia: ver, sentir compaixão, ensinar. Podemos
denominá-los os verbos do Pastor. Ver, sentir compaixão, ensinar.
O primeiro e o
segundo, ver e sentir compaixão,
estão sempre associados na atitude de Jesus: com efeito, o seu olhar não é de
um sociólogo, nem de um repórter fotográfico, porque ele vê sempre com os olhos
do coração. Estes dois verbos, ver e sentir compaixão,
configuram Jesus como Bom Pastor. Também a sua compaixão não é apenas um
sentimento humano, mas constitui a comoção do Messias, em quem se fez carne a
ternura de Deus.
É desta compaixão
que nasce o desejo de Jesus, de alimentar a multidão com o pão da sua Palavra,
ou seja, de ensinar a Palavra de Deus ao
povo. Jesus vê, Jesus sente compaixão, Jesus ensina-nos. Isto é bonito!
Papa
Francisco – 19 de julho de 2015
Hoje celebramos:
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