A Igreja no México regozija-se
ao contar com estes intercessores no céu, modelos de caridade suprema, no
seguimento das pegadas de Jesus Cristo. Todos eles entregaram a própria vida a
Deus e aos irmãos, através do martírio ou pelo caminho da oferenda generosa ao
serviço dos necessitados. A firmeza da sua fé e esperança sustentou-os nas
várias provações a que foram submetidos. É uma herança preciosa, fruto da fé
arraigada em terras mexicanas que, nos alvores do terceiro milénio do
Cristianismo, deve ser conservada e revitalizada para continuardes a ser fiéis
a Cristo e à sua Igreja, como fostes no passado. México sempre fiel!
Papa João Paulo II –
Homilia de canonização – 21 de maio de 2000
Sabas
Reys Salazar nasceu em Cocula – México - em 5 de dezembro de 1879. Sua família
era muito pobre e ele terminou sua educação primária e entrou no seminário de Guadalajara. Durante sua estada no seminário, ele foi enviado para a
diocese de Tamaulipas, onde foi ordenado em 1911.
Devido
à revolução mexicana, ele teve que retornar a Guadalajara, onde exerceu seu
ministério em várias paróquias. Grande
parte de seu trabalho foi dedicada ao treinamento de catequistas.
Procurou incentivar muito a
formação das crianças, tanto na catequese como no ensino das ciências, ofícios
e artes, principalmente na música.
Realizado e abnegado em seu
ministério, Padre Sabás exigia muito respeito em tudo o que se referia ao
culto, e gostava que se cumprisse imediatamente qualquer dever. Quando o
aconselhavam a sair de Tototlán, devido ao perigo que os sacerdotes corriam,
respondia: "Puseram-me aqui e aqui espero, para ver o que Deus deseja".
Durante a Semana Santa de
1927, as tropas federais e os camponeses chegaram, procurando o Pároco Francisco
Vizcarra e seus auxiliares.
O padre
refugiou-se em uma casa particular onde passou o dia jejuando e rezando o terço
e fez o mesmo nos dias seguintes, pedindo a Deus por seus paroquianos
capturados. Quando foi encontrado concentraram nele todo o seu
ódio. Levaram-no preso, amarraram-no fortemente a uma coluna da igreja
paroquial, torturaram-no durante três dias fazendo-o passar fome e sede.
Valeram-se de um sadismo indescritível, queimando suas mãos, porque foram
consagradas na ordenação.
Os
guardas o deitaram no chão, e montaram duas fogueiras, uma a seus pés e uma na
frente de seu rosto. Eles tentaram fazer
com que revelasse o esconderijo dos outros dois padres que estavam perseguindo,
mas foi em vão.
Na
noite do dia 13 de abril, ele foi levado ao cemitério, colocado contra a parede
e crivado de balas. Antes de morrer
ainda proclamou: “Viva Cristo Rei!”
Atualmente,
seus restos mortais estão na igreja paroquial de Tototlán.
Foi
beatificado em 22 de novembro de 1992 e canonizado pelo papa João Paulo II em
21 de maio de 2000.
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