A verdadeira paz é
uma pessoa: o Espírito Santo. “É um dom de Deus” para ser acolhido e
conservado, exatamente como faz uma criança quando recebe um presente. Contudo,
atenção, às várias “pazes” que o mundo oferece, propondo as falsas seguranças
do dinheiro, do poder e da vaidade: estas são “pazes” só aparentes e incertas.
“Deixo-vos a paz,
dou-vos a minha paz”. A paz é um dom que Jesus nos dá antes de se despedir.
Mas, advertiu, Jesus é claro quando diz que a sua paz não é a que o mundo dá.
De fato, “é outra paz”. A paz do mundo é um pouco superficial, é uma paz que
não chega ao fundo da alma. Por isso é uma paz que proporciona uma certa
tranquilidade e até uma determinada alegria mas só até a um certo nível.
Por
exemplo, a paz das riquezas. Mas é o próprio Jesus quem nos recorda para não confiar
nesta paz, porque nos diz com grande realismo: reparai que existem ladrões! E
eles podem roubar as vossas riquezas! Eis porque o dinheiro não nos dá uma paz
definitiva.
Outra paz do mundo
é o poder. Herodes encontrava-se nesta situação quando chegaram os magos e lhe
anunciaram o nascimento do rei de Israel e a sua paz acabou naquele mesmo
instante. Em confirmação de que a paz do poder não funciona: um golpe de Estado
leva-a embora de repente!
O terceiro tipo de
paz que o mundo dá é a vaidade. Todavia, esta também não é uma paz definitiva,
porque hoje és estimado, amanhã serás insultado!
E de que modo se recebe
a paz do Espírito Santo? Primeiramente no batismo, porque vem do Espírito
Santo, e também na crisma. O Espírito Santo está dentro de nós e devemos
conservá-lo sem o fechar, senti-lo, e pedir-lhe ajuda.
Para verificar que
tipo de paz vivemos, podemos fazer esta pergunta: prefiro a paz que me dá o
mundo, a do dinheiro, do poder e da vaidade? A paz de Cristo é definitiva: só é
necessário recebê-la como crianças e conservá-la. O Senhor nos ajude a
compreender isto.
Papa Francisco – 20
de maio de 2014
Hoje celebramos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário