sexta-feira, 13 de abril de 2018

13 de abril - São Sabas Reys Salazar


A Igreja no México regozija-se ao contar com estes intercessores no céu, modelos de caridade suprema, no seguimento das pegadas de Jesus Cristo. Todos eles entregaram a própria vida a Deus e aos irmãos, através do martírio ou pelo caminho da oferenda generosa ao serviço dos necessitados. A firmeza da sua fé e esperança sustentou-os nas várias provações a que foram submetidos. É uma herança preciosa, fruto da fé arraigada em terras mexicanas que, nos alvores do terceiro milénio do Cristianismo, deve ser conservada e revitalizada para continuardes a ser fiéis a Cristo e à sua Igreja, como fostes no passado. México sempre fiel!

Papa João Paulo II – Homilia de canonização – 21 de maio de 2000

Sabas Reys Salazar nasceu em Cocula – México - em 5 de dezembro de 1879. Sua família era muito pobre e ele terminou sua educação primária e entrou no seminário de Guadalajara. Durante sua estada no seminário, ele foi enviado para a diocese de Tamaulipas, onde foi ordenado em 1911.
Devido à revolução mexicana, ele teve que retornar a Guadalajara, onde exerceu seu ministério em várias paróquias. Grande parte de seu trabalho foi dedicada ao treinamento de catequistas. 
Procurou incentivar muito a formação das crianças, tanto na catequese como no ensino das ciências, ofícios e artes, principalmente na música. 
Realizado e abnegado em seu ministério, Padre Sabás exigia muito respeito em tudo o que se referia ao culto, e gostava que se cumprisse imediatamente qualquer dever. Quando o aconselhavam a sair de Tototlán, devido ao perigo que os sacerdotes corriam, respondia: "Puseram-me aqui e aqui espero, para ver o que Deus deseja". 

Durante a Semana Santa de 1927, as tropas federais e os camponeses chegaram, procurando o Pároco Francisco Vizcarra e seus auxiliares.

O padre refugiou-se em uma casa particular onde passou o dia jejuando e rezando o terço e fez o mesmo nos dias seguintes, pedindo a Deus por seus paroquianos capturados. Quando foi encontrado concentraram nele todo o seu ódio. Levaram-no preso, amarraram-no fortemente a uma coluna da igreja paroquial, torturaram-no durante três dias fazendo-o passar fome e sede. Valeram-se de um sadismo indescritível, queimando suas mãos, porque foram consagradas na ordenação. 

Os guardas o deitaram no chão, e montaram duas fogueiras, uma a seus pés e uma na frente de seu rosto. Eles tentaram fazer com que revelasse o esconderijo dos outros dois padres que estavam perseguindo, mas foi em vão.
Na noite do dia 13 de abril, ele foi levado ao cemitério, colocado contra a parede e crivado de balas.  Antes de morrer ainda proclamou: “Viva Cristo Rei!”
Atualmente, seus restos mortais estão na igreja paroquial de Tototlán.

Foi beatificado em 22 de novembro de 1992 e canonizado pelo papa João Paulo II em 21 de maio de 2000.


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