“A paz é obra da
justiça”, e o Novo Testamento nos ensina que o pleno cumprimento da justiça é amar
ao próximo como a si mesmo.
Quando nós
seguimos, com a graça de Deus, este mandamento, como mudam as coisas! Isso
porque nós mudamos! Essa pessoa, esse povo, que vemos como inimigo, em
realidade tem o mesmo rosto, o mesmo coração, a mesma alma que eu. Nós temos o
mesmo Pai no céu. Então, a verdadeira justiça é fazer a essa pessoa, a esse
povo, o que eu gostaria que me fizessem, que fizessem com meu povo.
São Paulo
indicou-nos as atitudes necessárias para a paz: ‘revistam-se de compaixão
íntima, bondade, humildade, mansidão, paciência. Suportem-se mutuamente e
perdoem quando algum tem queixa contra outro. O Senhor os perdoou: façam o
mesmo’.
Estas são as
atitudes para ser ‘artesãos’ de paz no cotidiano, ali onde vivemos”.
A paz é o sonho de
Deus, é o projeto de Deus para a humanidade, para a história, com toda a
criação. E é um projeto que encontra sempre oposição por parte do homem e por
parte do maligno.
Não podemos nos
enganar ao acreditar que a paz depende só de nós. Cairíamos em um moralismo
ilusório.
A paz é dom de
Deus, não em sentido mágico, mas porque Ele, com seu Espírito, pode imprimir estas
atitudes em nossos corações e em nossa carne, e fazer de nós verdadeiros
instrumentos de sua paz. E, aprofundando mais ainda, o Apóstolo diz que a paz é
dom de Deus porque é fruto de sua reconciliação conosco.
Só quando se deixar
reconciliar com Deus, o homem chegará a ser construtor de paz.
Papa Francisco - 06 de junho de 2015
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