A primeira
motivação para evangelizar é o amor que recebemos de Jesus, aquela experiência
de sermos salvos por Ele que nos impele a amá-Lo cada vez mais. Com efeito, um
amor que não sentisse a necessidade de falar da pessoa amada, de a apresentar,
de a tornar conhecida, que amor seria?
Se não sentimos o
desejo intenso de comunicar Jesus, precisamos de nos deter em oração para Lhe
pedir que volte a cativar-nos. Precisamos de o implorar cada dia, pedir a sua
graça para que abra o nosso coração frio e sacuda a nossa vida tíbia e
superficial.
Colocados diante
d’Ele com o coração aberto, deixando que Ele nos olhe, reconhecemos aquele
olhar de amor que descobriu Natanael no dia em que Jesus Se fez presente e lhe
disse: “Eu vi-te, quando estavas debaixo da figueira!”
Como é doce
permanecer diante dum crucifixo ou de joelhos diante do Santíssimo Sacramento,
e fazê-lo simplesmente para estar à frente dos seus olhos! Como nos faz bem
deixar que Ele volte a tocar a nossa vida e nos envie para comunicar a sua vida
nova! Sucede então que, em última análise, o que nós vimos e ouvimos, isso
anunciamos.
A melhor motivação
para se decidir a comunicar o Evangelho é contemplá-lo com amor, é deter-se nas
suas páginas e lê-lo com o coração. Se o abordamos desta maneira, a sua beleza
deslumbra-nos, volta a cativar-nos vezes sem conta. Por isso, é urgente
recuperar um espírito contemplativo, que nos permita redescobrir, cada
dia, que somos depositários dum bem que humaniza, que ajuda a levar uma vida
nova. Não há nada de melhor para transmitir aos outros.
Papa
Francisco - Evangelii Gaudium n. 264
Hoje celebramos:
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