Jesus, no
Evangelho, nos mostra um falso modo de procurar a justificação: a justificação
da aparência – mostra aqueles que se creem justos pela aparência: mostram-se
justos, apraz-lhes fazer isso e sabem fazer precisamente “a cara de santinho”,
como se fossem santos. Mas são hipócritas: Acautelai-vos primeiramente do
fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Dentro, ele mesmo disse que está
todo sujo, mas fora —mostram-se justos, bons: gostam de passear e mostrar-se
muito elegantes, ostentar-se quando rezam e quando jejuam, quando dão esmola.
Mas tudo isto é aparecer, dentro do coração não há nada, não há substância naquela
vida, é uma vida hipócrita: ou seja, como diz a palavra, por baixo está a
verdade e a verdade é nula.
Eis por que é sábio
o conselho de Jesus diante destas pessoas: fazei o que dizem porque dizem a
verdade, mas não o que fazem porque fazem o contrário. Com efeito, estes pintam
a alma, vivem pintados: a santidade para eles é uma pintura. Ao contrário, Jesus
pede que sejamos sempre verdadeiros, mas verdadeiros dentro, no coração: e se
algo sobressai, que sobressaia esta verdade, o que há no coração.
Precisamente por
esta razão Jesus dá aquele conselho: quando tu rezares, vai fazê-lo escondido;
quando jejuares, ali, pinta-te um pouco, para que ninguém veja o pouco valor do
jejum; e quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua
direita, fá-lo escondido. Em síntese, Jesus aconselha exatamente o contrário
daquilo que estas pessoas fazem: mostrar-se. Nelas há a justificação da
aparência: são bolhas de sabão que hoje existem e amanhã já não. Ao contrário, Jesus
pede-nos a coerência de vida, coerência entre o que fazemos e o que vivemos.
Papa
Francisco – 20 de outubro de 2017
Hoje celebramos:
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