João Batista o
maior dos profetas, ensina-nos uma regra fundamental da vida cristã: tornar-nos
pequenos com humildade para que seja o Senhor a crescer. Este é o estilo de
Deus, diferente do estilo dos homens.
As pessoas falavam
de Jesus porque o seu nome se tinha tornado famoso e o rei Herodes, estava
temoroso e angustiado porque era perseguido pelo fantasma de João que ele tinha
mandado assassinar.
Além disso, há outros
personagens presentes neste trecho do Evangelho: uma mulher má, que odiava e
procurava vingança; uma jovem que nada entendia e interessava-se só da sua
vaidade. A ponto que parecia um romance: é a história de Herodíades e de sua
filha.
Precisamente nesta
moldura, o evangelista narra o final de João Batista, o maior homem nascido de
mulher.
Mas João acaba na
prisão, degolado. Acaba assim o maior homem nascido de mulher: um grande
profeta, o último dos profetas, o único ao qual foi concedido ver a esperança
de Israel. Sim, o grande João que chamou à conversão: todo o povo o seguia e
lhe perguntava o que devemos fazer? Seguiam-no também os soldados, para se
fazer batizar, pedir perdão, a tal ponto que os doutores da lei foram ter com
ele e perguntaram: “és tu aquele que esperamos?” A resposta de João é clara: Não,
não sou eu. Virá outro depois de mim: é ele. Sou só a voz que clama no deserto.
A tal propósito, santo
Agostinho faz-nos pensar bem quando afirma: Sim, João diz de si mesmo que é a
voz, porque depois dele vem a palavra. E Cristo é a palavra de Deus, o verbo de
Deus. Deveras é grande, João. Grande quando diz que não é aquele esperado:
precisamente aquela frase é o seu destino, o seu programa de vida: Ele, aquele
que virá depois de mim, deve crescer; eu, pelo contrário, devo diminuir. Assim foi
a vida de João: diminuir, diminuir, diminuir e acabar desta maneira tão
prosaica, no anonimato. Eis que João foi um grande que não procurou a própria
glória, mas a de Deus.
Mas sempre em
relação a João há um último aspecto sobre o qual refletir: com esta atitude de
diminuir para que Cristo possa crescer, preparou o caminho a Jesus. E como Jesus
morreu na angústia, sozinho, sem os discípulos. Portanto, a grande glória de
João foi ser profeta não só de palavras mas com a sua carne: com a sua vida
preparou o caminho a Jesus. É um grande!
Papa
Francisco – 05 de fevereiro de 2016
Hoje celebramos:
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