terça-feira, 21 de agosto de 2018

21 de agosto - Vê! Nós deixamos tudo e te seguimos. O que haveremos de receber? Mt 19,27


Hoje a liturgia continua a propor o trecho de Mateus, examinando a reação de Pedro que diz a Jesus: Tudo bem e nós? Parece quase, que Pedro com a sua pergunta — “Eis que deixamos tudo e te seguimos. O que nos cabe?” — apresenta a conta ao Senhor, como numa conversa de negócios. Na realidade, provavelmente não era aquela a intenção de Pedro, que evidentemente não sabia o que dizer: “Sim, ele foi embora, mas nós?” Em todo o caso, a resposta de Jesus é clara: Em verdade vos digo: Ninguém há que tenha deixado tudo sem receber tudo. Não há meias-medidas: Eis, deixamos tudo, Recebereis tudo. Ao contrário, há aquela medida transbordante com a qual Deus concede os seus dons: “Recebereis tudo. Ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, e no século vindouro a vida eterna”. Tudo.

Esta é a resposta: O Senhor não sabe conceder menos que tudo. Quando ele concede algo, doa-se a si mesmo, que é tudo.

Contudo, uma resposta da qual sobressai uma palavra que nos faz refletir. De fato, Jesus afirma que se recebe já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras com perseguições. Portanto tudo e nada. Tudo na cruz, tudo com perseguições, juntamente com as perseguições. Porque se trata de entrar noutro modo de pensar, noutra maneira de agir. Com efeito, Jesus doa-se totalmente a si mesmo, porque a plenitude de Deus é aniquilada na cruz. Eis então o dom de Deus: a plenitude aniquilada. Eis então também o estilo do cristão: procurar a plenitude, receber a plenitude aniquilada e seguir por aquele caminho. Certamente, um compromisso que não é fácil.

Papa Francisco – 28 de fevereiro de 2017

Hoje celebramos:


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