domingo, 5 de agosto de 2018

05 de agosto - Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. Jo 6,34


Além da fome física, o homem sente outro tipo de fome, uma fome que não pode ser saciada com o alimento comum. Trata-se da fome de vida, fome de amor, fome de eternidade. E o sinal do maná — como toda a experiência do êxodo — continha em si também esta dimensão: era figura de um alimento que satisfaz esta forme profunda que o homem sente. Jesus concede-nos este alimento, aliás, Ele mesmo é o pão vivo que dá vida ao mundo.

O seu Corpo é o verdadeiro alimento, sob a espécie do pão; o seu Sangue é a verdadeira bebida, sob a espécie do vinho. Não se trata de um simples alimento com o qual saciar os nossos corpos, como no caso do maná; o Corpo de Cristo é o pão dos últimos tempos, capaz de dar vida, e vida eterna, porque a substância deste pão é o Amor.

Na Eucaristia comunica-se o amor do Senhor por nós: um amor tão grandioso que nos nutre com Ele mesmo; um Amor gratuito, sempre à disposição de cada pessoa faminta e necessitada de regenerar as próprias forças. Viver a experiência da fé significa deixar-se alimentar pelo Senhor e construir a própria existência não sobre os bens materiais, mas sobre a realidade que não perece; os dons de Deus, a sua Palavra e o seu Corpo.

Se olharmos ao nosso redor, damo-nos conta de que existem muitas ofertas de alimento que não derivam do Senhor e que aparentemente satisfazem em maior medida. Alguns nutrem-se de dinheiro, outros de sucesso e de vaidade, outros ainda de poder e de orgulho. Mas o único alimento que nos nutre verdadeiramente e que nos sacia é aquele que o Senhor nos concede!

O alimento que o Senhor nos oferece é diferente dos demais, e talvez não nos pareça tão saboroso como determinadas comidas que o mundo nos oferece. Então, sonhamos outras refeições, como os hebreus no deserto, que tinham saudades da carne e das cebolas que comiam quando estavam no Egito, esquecendo-se contudo que comiam aqueles pratos na mesa da escravidão. Naqueles momentos de tentação, eles recuperavam a memória, mas uma memória doentia, uma memória seletiva. Uma memória escrava, não livre.

Hoje, cada um de nós pode perguntar-se: e eu? Onde quero comer? De que mesa me desejo alimentar? Na mesa do Senhor? Ou então sonho em comer alimentos saborosos, mas na escravidão?

Papa Francisco – 19 de junho de 2014

Hoje celebramos:

Nenhum comentário:

Postar um comentário