Marcos escreve, citando
as palavras do Senhor: Em verdade vos digo: tudo será perdoado aos filhos dos
homens — e sabemos que o Senhor perdoa tudo, se abrirmos um pouco, totalmente,
o coração! — os pecados e todas as blasfêmias que disserem — até as blasfêmias
serão perdoadas! — mas quem tiver blasfemado contra o Espírito Santo não será
perdoado eternamente: é réu de culpa eterna.
Assim esta pessoa, quando
o Senhor voltar, ouvirá estas palavras: “Afasta-te de mim!”. E isto porque, a
grande unção sacerdotal de Jesus foi o Espírito Santo quem a fez no seio de
Maria: os sacerdotes, na celebração de ordenação, são ungidos com o óleo; e fala-se
sempre da unção sacerdotal. Até Jesus, como sumo sacerdote, recebeu esta unção.
E a primeira unção foi a carne de Maria por obra do Espírito Santo. Assim, quem
blasfema sobre isto, fá-lo sobre o fundamento do amor de Deus, que é a
redenção, a recriação; blasfema sobre o sacerdócio de Cristo.
O Senhor perdoa
tudo — mas quem diz tais coisas está fechado ao perdão, não quer ser perdoado,
nem se deixa perdoar. Precisamente esta é a fealdade da blasfêmia contra o
Espírito Santo: não se deixar perdoar, porque renega a unção sacerdotal de Jesus
feita pelo Espírito Santo.
Hoje ouvimos que há
uma “blasfêmia imperdoável” e não porque o Senhor não quer perdoar tudo, mas
porque certas pessoas são tão fechadas que não se deixam perdoar: a blasfêmia
contra esta grande maravilha de Jesus.
Peçamos ao Senhor a
graça de que o nosso coração nunca se feche — nunca se feche! — diante da suas
maravilhas, da sua grande gratuidade.
Papa Francisco – 23
de janeiro de 2017
Hoje celebramos:
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