O Sucessor de Pedro
espera com confiança que os Missionários do Preciosíssimo Sangue desempenhem um
papel repleto de imaginação e energia nos renovados esforços da Igreja,
destinados a “ensinar todas as nações”, em conformidade com o mandamento de
Cristo.
Desde o início, a
vossa Congregação compreendeu a importância das palavras do Senhor: Duc
in altum (Lc 5, 4).
Aparentemente, a exortação dirigida a Pedro era desprovida de sentido:
ele tinha trabalhado a noite inteira, sem nada apanhar. Da mesma forma, agora a
Igreja é convidada por Cristo a partir rumo a lugares e a povos em relação aos
quais parece que há pouca esperança de obter qualquer êxito, e a realizar atos
que parecem ter pouco sentido, segundo a lógica convencional. O Senhor pede-nos
que abandonemos o nosso próprio ponto de vista e, ao contrário, confiemos na
sua exortação, porque sabe que, diversamente, trabalharemos em vão.
Quando São Gaspar
de Búfalo fundou a vossa Congregação em 1815, o meu Predecessor Papa Pio VII
pediu que ele partisse para lugares aonde ninguém teria ido, e para empreender
missões que não pareciam ser nada promissoras. Por exemplo, insistiu que
enviasse missionários para evangelizar os salteadores que nessa época constituíam
um perigo para a região entre Roma e Nápoles. Persuadido de que o pedido do
Papa era o mandamento de Cristo, o vosso Fundador não hesitou em obedecer,
embora alguns o criticassem por ser demasiado inovativo. Lançando as suas redes
em águas profundas e perigosas, ele fez uma pesca extraordinária.
Dois séculos mais
tarde, outro Papa exorta os filhos de São Gaspar a não serem menos audaciosos
nas suas decisões e ações a irem aonde os outros não podem ou não querem ir,
para empreender missões que parecem oferecer pouca esperança de bom êxito.
Peço-vos que continueis os vossos esforços de edificação de uma civilização da
vida, privilegiando a salvaguarda de toda a vida humana, desde a vida do
nascituro até à vida das pessoas idosas e enfermas, e promovendo a dignidade de
cada pessoa humana, de maneira especial dos indivíduos frágeis e despojados da
sua justa participação na abundância dos recursos da terra.
Papa
João Paulo II – Discurso aos Missionários do Preciosíssimo Sangue – 14 de
setembro de 2001
Gaspar nasceu em
Roma a 6 de janeiro de 1786, filho de Antônio e Anunciata Quartieroni. Tinha
começado às ocultas sua obra de evangelização do povo da periferia,
dedicando-se aos carroceiros e aos camponeses da lavoura romana. São estas as
personagens retratadas por Pinelli, que dão uma imagem sugestiva da Roma das
primeiras décadas do século XIX; os carroceiros tinham transformado o Foro
Romano, aos pés do Palatino, em depósito e mercado de feno.
Libertado do
cárcere, após a queda de Napoleão, Gaspar de Búfalo recebeu de Pio VII a
incumbência de se dedicar às missões populares pela restauração religiosa e
moral do Estado Pontifício.
Ele empreendeu essa
nova cruzada em nome do Precioso Sangue de Jesus, tornando-se o ardoroso
apóstolo desta devoção. Fundou em 1815 a Congregação dos Missionários do
preciosíssimo Sangue e em 1834, ajudado pela B. Maria de Matias, o Instituto
das Irmãs Adoradoras do Preciosíssimo Sangue. Quando morreu em Roma, a 28 de
dezembro de 1837, num quarto em cima do Teatro Marcelo, são Vicente Pallotti,
seu contemporâneo, teve a visão de sua alma que subia ao encontro de Cristo,
como uma estrela luminosa. A fama de sua santidade não demorou a atingir o
mundo todo. Beatificado em 1904, foi canonizado por Pio XII em 1954.
Gaspar nasceu em
Roma a 6 de janeiro de 1786, filho de Antônio e Anunciata Quarteroni. Foi
companheiro de Vicente Strambi nas missões, o qual o definia como “terremoto
espiritual”. O povo o chamava de “anjo da paz”, devido suas pregações
serem pacíficas e caridosas. Com estas armas da paz e da caridade conseguiu
conter os bandidos que proliferavam nas periferias de Roma.
O Papa Leão XII
recorreu a Gaspar de Búfalo devido a proliferação do banditismo, o qual,
conseguiu amansar os mais temíveis bandidos. O Papa João XXIII definiu-lhe
como: “Glória toda resplandecente do clero romano, verdadeiro e maior apóstolo
da devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus no mundo”. Em 1810 uma piedosa
religiosa dizia que surgiria um zeloso sacerdote que sacudiria o povo da sua
indiferença, mediante a propagação de devoção ao Precioso Sangue. Naquele ano
Gaspar de Búfalo, com dois anos de sacerdócio, tinha sido preso por ter
rejeitado o juramento de fidelidade a Napoleão. Libertado do cárcere, após a
queda de Napoleão, Gaspar recebeu de Pio VII a incumbência de se dedicar às
missões populares pela restauração religiosa e moral do Estado Pontifício. Ele
empreendeu essa nova cruzada em nome do Precioso Sangue de Jesus, tornando-se o
ardoroso apóstolo desta devoção.
Faleceu em Roma a
28 de dezembro de 1837, em um quarto em cima do Teatro Marcelo, São Vicente
Palloti, seu contemporâneo, teve a visão de sua alma que subia ao encontro de
Cristo, como uma estrela luminosa. A fama de sua santidade não demorou a
atingir o mundo todo. Beatificado em 1904, foi canonizado por Pio XII em 1954.
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