O Cristianismo cultiva uma incurável
confiança: não acredita que as forças negativas e desagregadoras possam
prevalecer. A última palavra na história do homem não é o ódio, não é a morte,
não é a guerra. Em cada momento da vida cristã, nos assiste a mão de Deus e
também a discreta presença de todos os fiéis que nos precederam.
Antes de tudo, a existência dos santos nos
diz que a vida cristã não é um ideal inalcançável. E nos conforta: não estamos
sós, a Igreja é feita de inúmeros irmãos, com frequência anônimos, que nos
precederam e que, por ação do Espírito Santo, estão envolvidos nos
acontecimentos de quem ainda vive aqui. Os esposos sabem que precisam da graça
de Deus e da ajuda dos santos para dizer “para sempre”. Não é como alguns dizem, 'até que
o amor dure'. Para sempre ou nada. Do contrário, é melhor não se casar.
No momentos difíceis, é preciso ter a coragem de elevar os olhos ao
céu, pensando nos muitos cristãos que passaram por atribulações. Deus jamais
nos abandona: toda vez que precisarmos, virá um anjo para nos consolar. “Anjos”
algumas vezes com um rosto e um coração humanos, porque os santos de Deus estão
sempre aqui, escondidos no meio de nós. Isso é difícil de entender e imaginar.
Mas os santos estão presentes na nossa vida.
Que o Senhor nos doe a
esperança de sermos santos. É o grande presente que cada um de nós pode dar ao
mundo. Alguém poderá me perguntar: mas é possível ser santo na vida de todos os
dias?
Ser santo não significa rezar o
tempo todo, mas fazer o seu dever. Rezar, trabalhar, cuidar dos filhos, mas
fazer tudo com o coração aberto a Deus. Assim nos tornaremos santos. É
possível. Não é difícil. É mais fácil ser santo do que delinquente. É possível
porque o Senhor nos ajuda.
Que o Senhor nos dê a graça de acreditar tão
profundamente Nele, a ponto de nos tornar imagem de Cristo para este mundo.
Que o Senhor doe a vocês e a mim também a
esperança de sermos santos.
Papa Francisco –
Audiência Geral – 21 de junho de 2017
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