Barnabé foi um
dos primeiros cristãos mencionados no Novo Testamento. Seus pais, judeus helênicos lhe
deram o nome de José, mas quando ele
vendeu todos os seus bens e deu o dinheiro aos apóstolos em Jerusalém,
eles lhe deram um novo nome, Barnabé, que parece originar-se do aramaico
"o filho da consolação".
Em Atos 14:14,
ele está listado à frente de Paulo, "Barnabé e Paulo", e ambos são
chamados “apóstolos
Ele é um dos primeiros profetas e
professores da igreja em Antioquia (Atos 13:1). Lucas fala dele como um "bom homem" (Atos
11:24). Sua tia era mãe de João Marcos (Colossenses 4:10), reconhecido como o autor do
Evangelho de Marcos.
Barnabé era natural de Chipre,
onde possuía terras (Atos 4:36-37), que vendeu, doando o dinheiro para a igreja
em Jerusalém. Quando Paulo regressou
a Jerusalém, depois de sua conversão, Barnabé o levou até os apóstolos (Atos
9:27). É possível que eles tenham estudado juntos na escola de Gamaliel.
A prosperidade da igreja em
Antioquia levou os apóstolos e irmãos em Jerusalém a enviar Barnabé para lá a
fim de supervisioná-la. Ele achou o trabalho tão extenso e pesado que foi para Tarso em
busca de Paulo para ajudá-lo. Paulo retornou com ele para Antioquia e trabalhou
com ele durante um ano inteiro (Atos 11:25-26). No final deste período, os dois
foram enviados até Jerusalém com as contribuições que a igreja
de Antioquia havia feito para os membros mais pobres da igreja
de Jerusalém (Atos 11:28-30).
Pouco tempo depois eles
voltaram, trazendo João Marcos com eles, e foram designados como missionários para a Ásia
Menor. Visitaram Chipre e algumas das principais cidades da Panfília,
Pisídia, e Licaônia (Atos 13:14). Depois da sua conversão, Paulo
de Tarso começa a ganhar destaque. A partir daí, ao invés de
"Barnabé e Paulo", como até então (11:30; 12:25; 13:2,7), agora lê-se
"Paulo e Barnabé" (13:43,46,50; 14:20; 15:2,22,35). Paulo aparece
numa pregação missionária (13:16; 14:8-9, 19-20), quando os moradores de Lídia o
consideraram como Hermes, e Barnabé como Zeus (14:12).
Voltando dessa primeira
viagem missionária a Antioquia, eles foram novamente enviados a Jerusalém para
consultar com a igreja de lá quanto à relação dos gentios com a
igreja (Atos 15:2; Gálatas 2:1). Segundo Gl. 2:9-10, foi feito um acordo
entre eles e os apóstolos João e Pedro, ficando decidido que Paulo e Barnabé iriam,
no futuro, pregar aos pagãos, não esquecendo os pobres de Jerusalém. Depois da
questão ter sido resolvida, voltaram para Antioquia, levando o acordo do que
ficaria conhecido Concílio de Jerusalém, segundo o qual gentios poderiam
ser admitidos na igreja.
Tendo retornado para
Antioquia e passado algum tempo lá (15:35), Paulo pediu a Barnabé para
acompanhá-lo em outra viagem (15:36). Barnabé quis levar João Marcos novamente,
mas Paulo não concordou (15:37-38). A disputa terminou com Paulo e Barnabé
tomando rotas distintas. Paulo tomou Silas como seu companheiro, e ambos percorreram a Síria e a Cilícia;
Barnabé, com seu primo mais novo João Marcos, foram para Chipre (15:36-41).
Segundo a Tradição, quando
Barnabé foi à Síria e a Salamina pregando o evangelho, alguns judeus, tendo-se
irritado com o seu extraordinário sucesso, caíram sobre ele quando estava
pregando na sinagoga, arrastaram-no para fora e apedrejaram-no até a morte. Seu
primo, João Marcos enterrou seu corpo em uma caverna, onde permaneceu até a
época do imperador Zenão I, em 485 d.C.
Seus restos mortais foram encontrados em 488.
Seu túmulo se encontra no mosteiro construído em seu nome, em Salamina
(Chipre).
Barnabé é venerado como o santo
padroeiro de Chipre.
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