domingo, 1 de setembro de 2019

01 de setembro - Beata Juliana de Collalto


Juliana nasceu em Collalto (hoje um bairro da cidade de Treviso Susegana) em 1186. Seus pais eram o Conde Rambaldo VI e a Condessa Joana de Sant’Angelo, de Mântua, que lhe deram uma educação profundamente católica.

Aos 12 anos, vestiu o hábito beneditino em Santa Margarida de Salarola. Ali viveu os primeiros anos de vida religiosa de modo exemplar. Em 1220 ingressou no mesmo mosteiro a Beata Beatriz I d’Este, e entre estas duas almas eleitas nasceu uma profunda amizade.

Na poderosa e rica República de Veneza os mosteiros tinham a sua importância, mesmo porque eles acolhiam jovens das mais importantes e nobres famílias. Na Ilha de Spinalonga (hoje Giudecca) surgia a igreja de São Cataldo. Juliana, que se notabilizara pelo nome ilustre ao qual acrescentara excelentes virtudes, foi encarregada da fundação de um mosteiro ao lado daquela igreja. Nasceu assim, naquele local abandonado, uma comunidade claustral que por séculos se dedicará à oração. A igreja foi dedicada também a São Brás.

Juliana foi nomeada abadessa e, além do respeito à Regra para a sua própria santificação e de suas coirmãs, teve sempre particular apreço pelos pobres. A sua caridade era conhecida por toda cidade, e ainda em vida fez muitos prodígios. Do mosteiro dos Santos Brás e Cataldo da Giudecca dependia aquele de “terra firme” de Pianiga, que Juliana fez restaurar por volta da metade do século. Após as leis de supressão das ordens religiosas de fins do século XVII, o edifício foi transformado na Vila Albarea.

Nos últimos anos de sua vida a beata sofreu de fortes dores de cabeça, razão pela qual ela é patrona daqueles que sofrem do mesmo mal.

A Beata Juliana faleceu no dia 1º de setembro de 1263, aos 76 anos de idade, dos quais 64 dedicados ao Senhor. Foi sepultada no cemitério da igreja, e continuou a ser lembrada pela fama de taumaturga. Muitos foram os seus biógrafos.

Por volta de 1289, o seu corpo foi encontrado incorrupto e colocado em um sarcófago artístico. Em 1733, as relíquias foram colocadas em um altar da igreja, onde exatamente 20 anos depois (em 30 de maio) o Papa Bento XI confirmou seu culto “ab immemorabili”, com memória no dia 1º de setembro.

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