As revoluções e as guerras mundiais dos últimos
séculos produziram mais mártires do que todo o passado da Igreja. A
Revolução Francesa em 1789; a Revolução Comunista na Rússia em 1917; a
Revolução Mexicana de 1939; a Revolução Espanhola de 1936 a 1939, além do
nazismo, fizeram milhares de mártires.
Alguns historiadores afirmam que “em toda a
história da Igreja universal não há um único precedente, nem sequer nas
perseguições romanas, do sacrifício sangrento, em pouco mais de um semestre, de
doze bispos, quatro mil sacerdotes e mais de dois mil religiosos”.
Os mártires eram torturados terrivelmente antes
de serem mortos. Uns eram espancados, outros tinham os olhos vazados, sofriam
queimaduras, choques elétricos; as monjas sofriam abusos sexuais, e outros
suplícios; fruto do ódio marxista contra a religião. Os horrores foram piores
que os dos tempos bárbaros.
Hermínia Martinez Amigo nasceu na Espanha em 31
de julho de 1887 em Puzol (Valência) e foi batizada na mesma igreja paroquial
de Santos Juanes onde se casou em 24 de fevereiro de 1916.
Ela teve duas filhas que morreram na infância.
Tendo nascido em uma família rica, se dedicou às obras de caridade aos pobres.
Fundou uma sociedade para o cuidado dos pobres doentes em sua cidade, nela
empenhando todos os seus bens. Devido a uma doença do coração, Hermínia não
podia assistir a Santa Missa todos os dias, porém recitava sempre o Rosário.
Foi presa com o marido e ambos foram mortos em
27 de setembro de 1936 em Gilet, durante a perseguição religiosa que
caracterizou a Guerra Civil Espanhola.
Hermínia foi beatificada pelo Papa João Paulo
II em 11 de março 2001, junto com outros 232 mártires espanhóis testemunhas da
fé, que foram executados em uma tentativa para destruir a Igreja Católica no
país ibérico.
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