O Óbolo de São
Pedro é a ajuda econômica que os fiéis oferecem diretamente ao Santo Padre,
para as múltiplas necessidades da Igreja universal e para as obras de caridade
em favor dos mais frágeis. Nasce com o próprio cristianismo a prática de apoiar
materialmente aqueles que têm a missão de anunciar o Evangelho e de cuidar dos
mais necessitados.
No final do século
VIII, os anglo-saxões decidiram enviar de maneira estável uma contribuição
anual ao Santo Padre, o “Denarius Sacnti Petri”.
Papa Pio IX
abençoou o Óbolo de São Pedro com a Encíclica Saepe venerabilis,
de 5 de agosto de 1871. Esta coleta, tradicionalmente tem lugar em todo o mundo
católico no dia 29 de junho ou no Domingo mais próximo da Solenidade dos Santos
Apóstolos Pedro e Paulo.
A partir de 2016, a
Santa Sé decidiu tornar o óbolo de São Pedro mais acessível, renovando o site a
abrindo perfis nas redes sociais, com o objetivo de estabelecer um diálogo com
os fiéis de todo o mundo.
A tradicional
coleta será feito em todas as igrejas no mundo na Solenidade dos Santos
Apóstolos Pedro e Paulo.
Desde 2017, o óbolo
tornou-se 2.0 graças ao novo site www.obolosanpietro.va (em espanhol, inglês e
italiano) e dos perfis no Facebook, Twitter e Instagram.
Numerosos fiéis,
depois do lançamento do site e das páginas nas redes sociais, deram
diretamente online - por meio da página dedicada ‘Dona’ (“doa”) - o seu
aporte concreto às obras de misericórdia, de caridade cristã, de paz e da ajuda
à Santa Sé.
Doar ao Óbolo de
São Pedro é como quando um fiel dá uma oferta ao próprio pároco e diz a ele:
“Use-a para o bem da comunidade”. Ou seja, é um sinal de solidariedade, o mesmo
que faz o Papa pelo bem da Igreja universal.
Os doadores 2.0 do
Óbolo de São Pedro – que podem doar também por telefone ou enviando a sua
oferta diretamente ao Santo Padre, ou, graças ao novo site, fazer uma doação
online por meio de uma transferência bancária ou cartão de crédito - provém de
todo o planeta, com uma cota significativa de fiéis italianos, estadunidenses e
alemães.
De fato, 28% dos
doadores reside na Itália, 25% nos Estados Unidos e 22% na Alemanha. Mais
baixo, por outro lado, o percentual de doações online que chegam do Brasil,
França, Espanha e do restante da América Latina (cerca de 15%). Uma cota menor
cobre o restante da Europa e algumas regiões da África, Ásia e Oceania.
O olhar dos que
fazem doações em favor do Óbolo de São Pedro é voltado, principalmente, às
vítimas da indiferença global: os pobres, os sem-teto, quem foge dos conflitos,
da carestia e da indigência.
Alguns fiéis, por
exemplo, pedem que sejam assistidas as crianças sírias em Aleppo ou os
refugiados que fogem da guerra civil na Somália, desencadeada em 1991 e até
agora em andamento. Outros enfatizam a necessidade de realizar obras de
misericórdia como hospitais ou escolas na Terra Santa.
O doador do Óbolo é
um cidadão global e isto significa que a solidariedade não conhece fronteiras. Todos
os fiéis são convidados a descobrirem as atividades do Óbolo de São Pedro e a
refletir sobre as mensagens do Santo Padre visitando o site e os perfis nas
redes sociais.
Nós fiéis devemos
tomar como exemplo a viúva do Evangelho (Lucas 21,2-4) que, mesmo sendo pobre,
deu as suas duas moedas, ao contrário de alguns ricos, que deram o seu
supérfluo. Assim, acrescento, um fiel deve imitar esta viúva no sentir o desejo
de querer contribuir à missão do Papa, ou seja, ao seu desejo de ir ao encontro
dos mais necessitados. Um verdadeiro cristão não pode viver somente de oração,
mas deve empenhar-se em realizar atos de caridade e de generosidade”.
Sobre as Obras de Misericórdia do Óbolo de São Pedro:
Nas Filipinas
devastadas pelo tufão; em Bangui, ao lado dos médicos do único Hospital
Pediátrico da República Centro-Africana; na Ucrânia, para ajudar a população
atingida pela guerra civil e ainda em Nyamirambo, na periferia de Kigali, em
Ruanda, para garantir a educação à crianças pobres e vulneráveis.
Em todas as partes
do mundo, há séculos, o óbolo de São Pedro contribui para a realização de
pequenas e grandes obras de misericórdia em favor dos mais necessitados.
Um mapa da caridade
que abraça diversos projetos como a realização de uma nova escola primária na
Índia ou como o financiamento para sustentar a escola da paróquia da Imaculada
Conceição, em Al Huston, estrutura que acolhe refugiados do conflito sírio.
Na Etiópia, na
Diocese de Embeder, Harar e Mek, a Santa Sé financiou um projeto de ajudas para
a emergência humanitária que atingiu uma vasta área do Chifre da África após
uma seca.
Em Bangladesh, pelo
contrário, em Dinajpur, a 400 km a nordeste da capital Dacca, em uma região
onde nestes últimos anos registraram-se numerosos episódios de violência por
parte de fundamentalistas islâmicos em relação ás minorias étnicas e
religiosas, a Santa Sé manifestou concretamente a própria proximidade à
população, financiando um projeto para a reconstrução das moradias de 55
famílias de diferentes religiões, vítimas de atentados terroristas.
No Jubileu da
Misericórdia, o Óbolo de São Pedro quis acrescentar sua contribuição aos
financiamentos já recolhidos pela Diocese de Maroto e destinados à construção
de uma nova Catedral na região de karamoja, no nordeste de Uganda.
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