Como sigo Jesus?
É a simples pergunta que cada cristão deveria
fazer para compreender se a sua fé é autêntica e sincera, ou de qualquer forma interesseira.
Com efeito, o risco consiste em enfraquecer a própria adesão a Cristo com os
cálculos da conveniência
Existem dois possíveis caminhos que se abrem
diante de qualquer batizado: a do protomártir Estêvão que, cheio de graça e de
Espírito Santo agia sem pesar as consequências das suas escolhas, e a da
multidão que se deixava conquistar pelos milagres.
De fato, as pessoas descritas no Evangelho de
João, que tinham acabado de assistir ao milagre da multiplicação dos pães,
seguiam Jesus não só porque tinham fome da palavra de Deus e sentiam que Jesus
chegava ao coração, aquecia o coração, mas também porque Jesus fazia alguns
milagres; seguiam-nos ainda para ser curados, para ter alguma visão nova da
vida.
Por conseguinte, a multidão, que seguia Jesus
para o ouvir, depois da multiplicação dos pães, queria até torná-lo rei. Mas,
ele retirou-se sozinho, para rezar.
O que acontece com as pessoas que procuram o
Senhor e o encontram, no dia seguinte, na outra margem do lago. Qual é a razão
desta busca insistente? Também para ouvir Jesus, mas sobretudo por interesse.
Com efeito, o Senhor admoesta imediatamente: Em verdade, em verdade vos
digo: buscais-me, não porque vistes os milagres, mas porque comestes dos pães e
ficastes saciados.
São pessoas boas, que querem ouvir a palavra de
Jesus, e sentir como aquela palavra chega ao coração, mas é também impelida
pelo interesse. Portanto, a delas é uma fé que une as duas coisas: uma fé, um
desejo de amar Jesus, mas um pouco interesseira.
Diante de uma fé condicionada pelo interesse,
Jesus repreende e diz: “Trabalhai, não pelo alimento que perece, mas pelo
alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do homem vos dará”. O
alimento é a palavra de Deus e é o amor de Deus.
Papa Francisco – 16 de
abril de 2015
Hoje celebramos:
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