A liturgia de hoje nos convida ao renascimento
pessoal. O Evangelho recorda que quem for chamado para dar testemunho da
Ressurreição de Cristo deve ele mesmo, em primeira pessoa, “nascer do
alto”. Caso contrário acabamos por nos tornar como Nicodemos que, mesmo sendo
mestre em Israel, não entendia as palavras de Jesus quando dizia que para ver o
reino de Deus é preciso nascer do alto, nascer da água e do Espírito.
Nicodemos não compreendia a lógica de Deus, que
é a da graça, da misericórdia, pela qual quem se torna pequeno é grande, quem
se torna último é primeiro, quem se reconhece doente é curado. Isto significa
dar deveras o primado ao Pai, a Jesus e ao Espírito Santo na nossa vida.
Atenção: não quer dizer tornar-se pessoas “possuídas”, quase como se fôssemos
depositários de qualquer carisma extraordinário. Não. Pessoas normais, simples,
mansas, equilibradas, mas capazes de nos deixarmos regenerar constantemente
pelo Espírito, dóceis à sua força, livres interiormente — antes de tudo de nós
mesmos — por sermos movidos pelo “vento” do Espírito que sopra onde quer.
Hoje celebramos:
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