José Nascimbeni era o único filho do
carpinteiro Antonio Sartori e da dona de casa
Amadea. Ele nasceu em Torri del Benaco (diocese e província de
Verona) em 22 de março de 1851 e foi batizado no mesmo dia.
Cresceu e fez o curso primário na sua cidade natal. A família
modesta economicamente, mas muito religiosa, rica em fervor a
Deus, o enviou para o Colégio dos Jesuítas de Verona e depois para o Seminário
diocesano.
Em 09 de agosto de 1874, recebeu o
diploma de professor e foi ordenado sacerdote. Logo foi designado para a cidade
de São Pedro de Lavanho, na diocese de Verona, como auxiliar do pároco e
professor. Três anos depois foi transferido para a paróquia da pequena cidade
de Casteletto de Brenzone, também em Verona. Quando o velho pároco morreu, as
famílias influentes pediram para que o padre Nascimbeni fosse nomeado o seu
sucessor, em 1885.
Padre Nascimbeni empenhou todo seu vigor na
vida religiosa e civil daqueles mil habitantes. Estimulou as atividades dos
paroquianos leigos, valorizando os talentos para a formação de associações e
grupos religiosos. Teve igual empenho para o desenvolvimento da cidade, criando
asilos, escolas para órfãos e internatos para crianças abandonadas. Para os
jovens, ajudou a fundar uma fábrica de roupas, uma tipografia, uma fábrica de
azeite e uma cooperativa rural. Para melhorar a vida dos habitantes conseguiu a
energia elétrica, a água potável e uma agência postal.
Não se compreendia como, estando tão ocupado, ele ainda encontrasse tempo para se dedicar as orações e as penitências que se impunha de dia ou de noite. Ele rezava em qualquer lugar, com seu rosário bem visível e sem se incomodar com as ironias. Não era raro atravessar a cidade descalço, por ter dado seus sapatos a algum mendicante.
Padre Nascimbeni precisava de religiosas com
urgência para cuidar das crianças, dos idosos, dos doentes e da paróquia. Mas
não as encontrava. Foi então solicitar ajuda ao bispo, que o encorajou a fundar
uma congregação de religiosas para suprir esta necessidade da comunidade.
Em 1892, ele e mais quatro jovens, que depois
tomaram o hábito religioso, fundou a Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada
Família. Estas religiosas hoje estão presentes em toda a Itália, Suíça,
Albânia, Angola, Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. Dentre elas está a
Beata Madre Maria Domenica Mantovani, considerada Co-fundadora, braço
direito de Padre José Nascimbeni nessa obra.
Em 31 de dezembro de 1916 sofreu uma
hemiplegia esquerda (isquemia cerebral) enquanto celebrava a
Eucaristia, que o deixou paralítico. Foram cinco anos de sofrimentos
físicos, orações e penitências. Aceitou essa enfermidade com paciência e
fé até 21 de janeiro de 1922, quando veio a falecer. Tinha 71 anos de idade.
Suas últimas palavras foram: “Viva a morte, porque é o princípio da
vida”! Foi sepultado na Casa Mãe das Pequenas Irmãs da Sagrada
Família, na cidade de Casteletto de Brenzone, Verona, Itália.
Sua inspiração: a Sagrada Família.
Seu programa: Caritas Christi
urget nos. Sua força: a Eucaristia, a oração, o Rosário. Seu
legado: orando, trabalhando, sofrendo pela glória de Deus e
pela redenção do mundo.
Foi beatificado em Verona por João Paulo II em
17 de abril de 1988. Trecho da sua homilia:
A fonte de seu zelo pelas almas era a
Eucaristia, pela qual estava apaixonado, a ponto de nunca decidir uma questão
importante sem antes ter orado muito ante o Santíssimo Sacramento. Ele
viveu sua missão como pároco com espírito missionário, aberto às necessidades
da Igreja, dedicado a edificar ou reconstruir a fé e a experiência de Cristo na
alma de seus fiéis. Por esse motivo, ele instruiu as crianças e os fiéis
com constante pregação, foi particularmente solícito no ensino de catequese,
atencioso em oferecer aos adultos oportunidades de reflexão sobre a doutrina e
a moralidade cristã, generoso em proporcionar a formação de jovens por meio de
oradores masculinos e femininos.
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