O dia de Jesus em Cafarnaum começa com a cura
da sogra de Pedro e termina com a cena das pessoas de toda a cidadezinha que se
comprimiam diante da casa onde ele se alojava, para levar a ele todos os
doentes.
A multidão, marcada por sofrimentos físicos e
por misérias espirituais, constitui, por assim dizer, “o ambiente vital” em que
se realiza a missão de Jesus, feita de palavras e de gestos que curam e
consolam.
Jesus não veio para trazer a salvação em um
laboratório; não faz pregação de laboratório, separado das pessoas: está no
meio da multidão! Em meio ao povo! Pensem que a maior parte da vida pública de
Jesus foi passada na estrada, entre as pessoas, para pregar o Evangelho, para
curar as feridas físicas e espirituais.
E é para esta pobre humanidade, marcada pelos
sofrimentos, que “é dirigida à ação poderosa, libertadora e renovadora de Jesus.
Antes do amanhecer do dia seguinte, Jesus sai
sem ser visto pela porta da cidade “e se retira para um lugar afastado para
rezar”. Jesus reza, também para subtrair a sua pessoa e a sua missão de uma
visão triunfalista, que poderia ficar subentendida em função dos milagres e de
seu poder carismático:
Os milagres, de fato, são “sinais” que convidam
a uma resposta de fé; sinais que sempre são acompanhados por palavras, que os
iluminam; e juntos, sinais e palavras, provocam a fé e a conversão pela força
divina da graça de Cristo.
A conclusão da passagem de hoje, indica que o
anúncio do Reino de Deus por parte de Jesus encontra o seu lugar mais
precisamente na estrada.
Os discípulos queriam levar Jesus de volta para
a cidade, mas Ele os convida para ir “a outros lugares, às aldeias da
redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”.
Este foi o caminho do filho de Deus e este será
o caminho de seus discípulos. E deverá ser o caminho de cada cristão. A estrada
como lugar do alegre anúncio do Evangelho, coloca a missão da Igreja sob o
signo do “andar”, a Igreja em caminho, sob o sinal do “movimento” e nunca estática”.
Papa Francisco – 04 de fevereiro
de 2018
Hoje celebramos:
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