Segundo Mateus, Marcos e Lucas, Jesus retorna
novamente a Jerusalém, onde é confrontado pelos dirigentes do templo quanto à
Sua atitude do dia anterior. Eles questionam a autoridade de Jesus, que
responde e ensina usando parábolas como a da vinha (cf. Mt 21,33-46) e a do
banquete de casamento (cf. Mt 22,1).
Há também o ensinamento sobre o pagamento
dos impostos (cf. Mt 22,15) e a repreensão aos saduceus, que negam a
ressurreição (cf. Mt 22,23). Jesus faz ainda a terrível profecia sobre a
destruição de Jerusalém caso os seus habitantes não creiam nele, afirmando que
não restará pedra sobre pedra (cf. Mt 24).
Continuemos a rezar com Jesus e a
ouvir atentamente os seus ensinamentos finais, pouco antes da Paixão.
"Reuniram-se
então os fariseus para deliberar entre si sobre a maneira de surpreender Jesus
nas suas próprias palavras. Enviaram seus discípulos com os herodianos, que lhe
disseram: Mestre, sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus em toda
a verdade, sem te preocupares com ninguém, porque não olhas para a aparência
dos homens. Dize-nos, pois, o que te parece: É permitido ou não pagar o imposto
a César? Jesus, percebendo a sua malícia, respondeu: Por que me tentais,
hipócritas? Mostrai-me a moeda com que se paga o imposto! Apresentaram-lhe um
denário. Perguntou Jesus: De quem é esta imagem e esta inscrição? De César,
responderam-lhe. Disse-lhes então Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e
a Deus o que é de Deus. Esta resposta encheu-os de admiração e, deixando-o,
retiraram-se." Mt 232,15-22
À
provocação dos fariseus, que queriam, por assim dizer, fazer-Lhe o exame de religião
e induzi-Lo em erro, Jesus responde com esta frase irónica e genial. É uma
resposta útil que o Senhor dá a todos aqueles que sentem problemas de
consciência, sobretudo quando estão em jogo as suas conveniências, as suas
riquezas, o seu prestígio, o seu poder e a sua fama. E isto acontece em todos
os tempos e desde sempre.A acentuação de Jesus recai certamente sobre a segunda parte
da frase: «E [dai] a Deus o que é de Deus». Isto significa reconhecer e
professar – diante de qualquer tipo de poder – que só Deus é o Senhor do homem,
e não há outro. Esta é a novidade perene que é preciso redescobrir cada dia,
vencendo o temor que muitas vezes sentimos perante as surpresas de Deus.
Ele não tem medo das novidades! Por isso nos surpreende continuamente, abrindo-nos e levando-nos para caminhos inesperados. Ele renova-nos, isto é, faz-nos «novos» continuamente. Um cristão que vive o Evangelho é «a novidade de Deus» na Igreja e no mundo. E Deus ama tanto esta «novidade»!«Dar a Deus o que é de Deus» significa abrir-se à sua vontade e dedicar-Lhe a nossa vida, cooperando para o seu Reino de misericórdia, amor e paz.
Ele não tem medo das novidades! Por isso nos surpreende continuamente, abrindo-nos e levando-nos para caminhos inesperados. Ele renova-nos, isto é, faz-nos «novos» continuamente. Um cristão que vive o Evangelho é «a novidade de Deus» na Igreja e no mundo. E Deus ama tanto esta «novidade»!«Dar a Deus o que é de Deus» significa abrir-se à sua vontade e dedicar-Lhe a nossa vida, cooperando para o seu Reino de misericórdia, amor e paz.
Papa
Francisco – 19 de outubro de 2014
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