Nossa Senhora das Dores ou Mater Dolorosa (Mãe Dolorosa) é um
dos vários títulos que a Virgem Maria recebeu
ao longo da história. Este título em particular refere-se às sete dores que
Nossa Senhora sofreu ao longo de sua vida terrestre, principalmente nos momentos
da Paixão de Cristo.
O culto a Nossa Senhora das Dores iniciou-se no ano 1221 no Mosteiro
de Schönau, na então Germânia, hoje, Alemanha. A Festa de Nossa Senhora das Dores como
hoje a conhecemos, celebrada em 15 de setembro, teve início em Florença,
na Itália, no ano de 1239 através da Ordem dos Servos de Maria, uma
ordem profundamente mariana. Conseguiram a aprovação das celebrações litúrgicas
das sete dores de Maria em 1667 e o Papa Pio VII a inseriu no calendário romano,
colocando a data no terceiro domingo de setembro.
Foi
o Papa Pio X que fixou a data definitiva de 15 de Setembro, conservada no novo
calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a simples memória:
não mais Sete Dores de Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente: Virgem
Maria Dolorosa.
Com
este título nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É
junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico
nascido da Cruz, isto é, nós somos nascidos, enquanto cristãos, do mútuo amor
sacrifical e sofredor de Jesus e Maria. Eis porque hoje se oferece à nossa
devota e afetuosa meditação a dor de Maria. Mãe de Deus e nossa.
A
devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou simbolicamente as
sete dores de Maria, correspondentes a outros tantos episódios narrados
pelo Evangelho:
As sete dores de Nossa Senhora
1.
A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2, 34-35)
2.
A fuga da Sagrada
Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21);
3.
O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas, 2,
41-51);
4.
O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas, 23, 27-31);
5.
O sofrimento e morte de Jesus na Cruz (João, 19, 25-27);
6.
Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus, 27, 55-61);
7. O sepultamento do corpo do filho no Santo
Sepulcro (Lucas, 23, 55-56).
Portanto,
somos convidados hoje a meditar estes episódios mais importantes que os
evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e
ressurreição de Jesus.
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