O ano de 1878 é duplamente significativo na vida de Toniolo: em
Fevereiro, o cardeal Vincenzo Pecci é eleito Papa, ficando conhecido por Leão
XIII; em Setembro, o jovem professor casa com Maria Schiratti, com quem irá ter
7 filhos.
Desde cedo Toniolo percebe que a sua santificação passa pelo
trabalho e pela família, ou seja, como dirá o Concílio Vaticano II um século
depois, através das “condições, tarefas e circunstâncias da própria vida” (vd. Lumen Gentium, 41).
Como professor de
Economia defende o primado da Ética sobre a Economia, dirigindo-se diretamente
aos problemas mais prementes da sua época: a condenação do trabalho infantil, a
limitação das horas de trabalho, o estabelecimento dos dias de descanso, o
pagamento do «salário justo». Não é pois de estranhar que o seu pensamento
tenha influenciado o Papa Leão XIII na redação da encíclica Rerum Novarum (1891). Este
«documento imortal», como lhe chamou Pio XI 40 anos mais tarde, fundou o que
hoje é conhecido por Doutrina Social da Igreja.
José Toniolo esteve envolvido na reorganização da Ação Católica
Italiana e na idealização da Universidade Católica do Sagrado Coração.
A
7 de Outubro de 1918, Toniolo morre em Pisa com fama de santidade, sendo beatificado em 29 de abril de 2012.
Toniolo recorda-nos que o amor e a
fidelidade à história e à sociedade, numa palavra, ao homem, são mais
verdadeiros e eficazes quanto mais nascerem do desejo de Deus, do qual assumem
regra e substância, para não fracassar e se precipitar no seu contrário. Como o
século XX, depois da morte de Toniolo, eloquentemente demonstrou.
“A
mensagem do beato José Toniolo é de grande atualidade, especialmente neste
tempo: indica a via do primado da pessoa humana e da solidariedade.” Papa
Bento XVI, 29 de abril de 2012
“O Beato José Toniolo, um leigo católico que apesar das
dificuldades soube percorrer caminhos profícuos "para trabalhar na busca e
na construção do bem comum", seu exemplo "constitui um estímulo
sempre válido para os católicos leigos de hoje para que procurem vias eficazes
para a mesma finalidade". Papa
Francisco 14 de setembro de 2013
O Postulador da causa de sua beatificação, Padre Domenico
Sorrentino, o define: “um homem
apaixonado por Cristo e pela Igreja”, “um leigo comprometido por uma economia
ética na época, a sua, do mais duro e injusto capitalismo; um defensor convicto
da presença dos católicos na política numa época em que o ‘non expedit’ (não é
permitido) proibia sua participação: um convite premente a não ficar só num
compromisso caritativo assistencial, mas a ir à raiz dos problemas com soluções
também político-econômicas”
Hoje celebramos também Santa Rosália
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