"Pertencemos a Jesus; servimos Jesus que é a verdade
encarnada e eterna, que não engana, porque as suas promessas são infalíveis e
não deixará sem recompensa nem sequer um copo de água oferecido por amor"
Essas palavras nortearam a
vida da beata Ana Michelotti que ficou conhecida
com o nome de Irmã Joana Francisca da
Visitação, fundadora das pequenas Servas do Sagrado Coração de Jesus para
os doentes pobres.
Ela nasceu em Annecy (Alta
Sabóia, França), em 29 de agosto de 1843 e ainda
menina, conheceu o sofrimento por causa de uma doença e também a pobreza por
causa da morte prematura do pai. O tio, Padre Jaime Michelotti, e o pároco
encaminharam-na para a vida religiosa. Entrou para as aspirantes das Irmãs de
São Carlos, voltadas para a instrução e educação da juventude. Mas o seu ideal
desde a infância foi o da assistência aos pobres em domicílio, a inclinação para visitar os doentes veio-lhe desde os 12
anos, quando fez a primeira comunhão e começou a acompanhar a sua piedosa mãe
nestes atos de caridade. Por isso,
estabeleceu-se em Lyon, onde, em 1869, com Catarina Dufaut, se entregou ao
cuidado dos doentes em domicílio com o nome de Pequenas Servas. Um grupo de
leigos de Lyon quis dar mais estabilidade ao grupo, atendendo em domicílio
também os não crentes e as pessoas que estavam longe de Deus, sem nenhuma
aparência de religiosas.
Surgiram
dificuldades. A guerra franco-prussiana de 1870 afastou a irmã Joana de Lyon.
Em 1871 foi para Turim e em 1874, com duas companheiras, deu início ao seu
instituto, com a permissão do arcebispo de Turim. Não obstante as dificuldades,
a obra firmou-se e expandiu-se com a abertura de mais duas casas. Em 1887, Irmã
Joana afastou-se da direção da sua obra por motivos de saúde e veio a morrer no
ano seguinte, no dia 1º de Fevereiro.
O
Papa João Paulo II sintetizou assim sua vida: “Um misterioso e contínuo chamada ao sofrimento. A
espiritualidade salesiana acompanha-a nesta trajetória, marcada pela pobreza,
pela humildade, pela incompreensão e pela cruz. Os seus amores, desde criança,
inculcados depois às suas Pequenas Servas do Sagrado Coração de Jesus, foram: o
sacrário e os doentes pobres, para os quais fundou a sua Congregação. É uma luz
de amor que brilha e se acende nos tugúrios da grande cidade que muitas vezes
ignora quem sofre. Esta luz mostra-nos a todos o puro amor de Deus que Se imola
pelos mais pobres e abandonados”.
Foi
beatificada em 1975.
Nenhum comentário:
Postar um comentário