segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Beata Ana Michelotti (Joana Francisca da Visitação)


"Pertencemos a Jesus; servimos Jesus que é a verdade encarnada e eterna, que não engana, porque as suas promessas são infalíveis e não deixará sem recompensa nem sequer um copo de água oferecido por amor"
Essas palavras nortearam a vida da beata Ana Michelotti  que ficou conhecida com o nome de Irmã Joana Francisca da Visitação, fundadora das pequenas Servas do Sagrado Coração de Jesus para os doentes pobres.

Ela nasceu em Annecy (Alta Sabóia, França), em 29 de agosto de 1843 e ainda menina, conheceu o sofrimento por causa de uma doença e também a pobreza por causa da morte prematura do pai. O tio, Padre Jaime Michelotti, e o pároco encaminharam-na para a vida religiosa. Entrou para as aspirantes das Irmãs de São Carlos, voltadas para a instrução e educação da juventude. Mas o seu ideal desde a infância foi o da assistência aos pobres em domicílio, a inclinação para visitar os doentes veio-lhe desde os 12 anos, quando fez a primeira comunhão e começou a acompanhar a sua piedosa mãe nestes atos de caridade. Por isso, estabeleceu-se em Lyon, onde, em 1869, com Catarina Dufaut, se entregou ao cuidado dos doentes em domicílio com o nome de Pequenas Servas. Um grupo de leigos de Lyon quis dar mais estabilidade ao grupo, atendendo em domicílio também os não crentes e as pessoas que estavam longe de Deus, sem nenhuma aparência de religiosas. 

Surgiram dificuldades. A guerra franco-prussiana de 1870 afastou a irmã Joana de Lyon. Em 1871 foi para Turim e em 1874, com duas companheiras, deu início ao seu instituto, com a permissão do arcebispo de Turim. Não obstante as dificuldades, a obra firmou-se e expandiu-se com a abertura de mais duas casas. Em 1887, Irmã Joana afastou-se da direção da sua obra por motivos de saúde e veio a morrer no ano seguinte, no dia 1º de Fevereiro.

O Papa João Paulo II sintetizou assim sua vida: Um misterioso e contínuo chamada ao sofrimento. A espiritualidade salesiana acompanha-a nesta trajetória, marcada pela pobreza, pela humildade, pela incompreensão e pela cruz. Os seus amores, desde criança, inculcados depois às suas Pequenas Servas do Sagrado Coração de Jesus, foram: o sacrário e os doentes pobres, para os quais fundou a sua Congregação. É uma luz de amor que brilha e se acende nos tugúrios da grande cidade que muitas vezes ignora quem sofre. Esta luz mostra-nos a todos o puro amor de Deus que Se imola pelos mais pobres e abandonados”.
Foi beatificada em 1975.
  

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