sábado, 27 de fevereiro de 2016

Beata Maria Caridade Brader

Com ouvidos atentos à voz do Senhor, entra em um mosteiro de clausura na Suíça, e, depois se oferece para partir em missão na América. Soube conjugar admiravelmente a vida contemplativa com a atividade missionária e, para promover a formação cristã, fundou as Irmãs Franciscanas de Maria Imaculada.  "Extremamente generosa, não recua diante de qualquer sacrifício... podendo prestar grandes serviços à missão".

Nasceu em Kaltbrunn (Suíça), a 14 de Agosto de 1860 e foi batizada com o nome de Maria Josefa Carolina.
Educada em uma família piedosa, ela era conhecida como uma menina muito inteligente e recebeu a melhor educação que os seus pais podiam dar. Seus pais tinham grandes planos para o seu futuro, mas em vez de continuar os estudos ela sentiu um forte chamado para a vida religiosa e entrou para o convento franciscano, recebendo o nome de Maria Caridade do Amor do Espírito Santo. Emitiu os votos religiosos no dia 22 de Agosto de 1881 e foi destinada ao ensino no colégio anexo ao mosteiro de Altstätten.

Quando Dom Pedro Schumacher, então Bispo de Porto Velho (Equador) escreveu às religiosas desse convento, pedindo voluntárias para o trabalho missionário na sua diocese, a Beata Maria Bernarda Bütler, Superiora, partiu acompanhada de cinco religiosas, entre as quais incluiu Maria Caridade, definindo-a com as seguintes palavras:  "Extremamente generosa, não recua diante de qualquer sacrifício... podendo prestar grandes serviços à missão".
Partiram para a localidade de Chone em 1888. Depois de um longo e duro trabalho de catequese às crianças, em 1893 a Madre Maria Caridade foi destinada a uma fundação em Túquerres (Colômbia), onde manifestou todo o seu ardor missionário, sem poupar qualquer esforço no serviço aos indígenas do lugar, preocupando-se sobretudo com os pobres e marginalizados que ainda não conheciam o Evangelho.

No ano seguinte, fundou a Congregação das Franciscanas de Maria Imaculada, cujos primeiros membros foram algumas jovens suíças que, atraídas pelo exemplo da Madre Caridade, abraçaram o difícil trabalho missionário nessa região. Depois, as fileiras da Ordem nascente aumentaram com as vocações autóctones.

Reconciliando lindamente a contemplação com a ação, Madre Maria exortava as suas filhas espirituais a dedicar-se à preparação acadêmica sem, contudo, "deixar esmorecer o espírito de oração e devoção”.

Alma eucarística por excelência, encontrava em Jesus sacramentado os valores espirituais que davam intensidade e sentido à sua vida. Levada por este amor, obteve o privilégio da Adoração eucarística perpétua, que deixou como a maior herança para a sua comunidade, juntamente com o amor e a veneração pelos sacerdotes, ministros de Deus.
Foi a guia espiritual da Congregação de 1893 a 1919 e de 1928 a 1940, recebendo a aprovação pontifícia da sua Ordem em 1933. Depois, pressentindo a sua morte, exortou ainda as suas filhas à caridade para com os pobres e à obediência aos Bispos e sacerdotes, vindo a falecer com 83 anos, em Pasto (Colômbia), no dia 27 de Fevereiro de 1943.


Foi declarada Venerável em 29 de junho de 1999, e beatificada em 23 de março de 2003 pelo Papa João Paulo II.

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