quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Beata Maria Ludovica De Angelis

A Beata Ludovica nos convida a viver ardentemente a caridade e a mostrar com nossas obras uma Fé autêntica e audaz para fazer o bem, ela é um claro modelo para a vida religiosa, que pode oferecer uma notável contribuição às consagradas que trabalham em centros assistenciais.

Ensina que a consagração na Igreja, quando se vive a fundo, arraigada e edificada em Cristo, produz inevitavelmente frutos de santidade.

Os vários anos passados no Hospital de Niños de La Plata (Argentina) tiveram o lema "fazer o bem a todos, não importa a quem". Nessa tarefa, viveu para atender as crianças doentes, trabalhou junto com os médicos e foi um exemplo para as outras religiosas. Com as crianças doentes teve um amor concreto e generoso e enfrentou sacrifícios para ajudá-los. Com seus colaboradores no Hospital de La Plata foi um modelo de alegria e responsabilidade e criou um ambiente familiar.

A Irmã Maria Ludovica De Angelis nasceu no dia 24 de Outubro de 1880 na Itália, em São Gregório, uma pequena cidade do Abruzzo. Com a sua chegada, a primeira dos oito irmãos, foi batizada na mesma tarde do seu nascimento, com o nome de Antonina. Com o passar dos anos, o contato com a natureza e a dura vida do campo, a menina crescia límpida e simples, trabalhadeira e rica de sensibilidade, transformando-se ao mesmo tempo numa jovem forte e delicada, ativa e reservada como todas as pessoas daquela esplêndida terra.

No dia 7 de Dezembro do mesmo ano do nascimento de Antonina, faleceu em Savona uma Irmã, que escolheu de dar a vida em plenitude no seguimento de Cristo, que disse: «Sede misericordiosos, como é misericordioso o vosso Pai... Tudo aquilo que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes...». Era a Santa Maria Josefa Rossello, que deu a vida em Savona, no ano de 1837, ao Instituto das Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia: uma família religiosa que então caminhava pelas estradas do mundo e com o exemplo atraia muitas jovens ao mesmo ideal.

Era aquilo que Antonina esperava: sentia no coração que os seus sonhos encontravam eco nos sonhos da Madre Rossello. E não foi necessária outra coisa. Ingressou entre as Filhas da Misericórdia no dia 14 de Novembro de 1904. No momento da vestição recebeu o nome de Irmã Maria Ludovica.

Três anos após o seu ingresso, exatamente no dia 14 de Novembro de 1907, viaja para Buenos Aires onde desembarca no dia 4 de Dezembro do mesmo ano. Desde esse momento a Irmã Ludovica apresenta-se discreta e corajosa, com gestos humildes, silenciosos, dedicando-se inteiramente, apesar da sua pouca cultura.

Entretanto é admirável naquilo que consegue realizar sob os olhos daqueles que a rodeiam, mesmo se o seu castelhano é simpaticamente italianizado com um acento característico, sem muita dificuldade para ser compreendido. Não formula programas e estratégias, não tem tempo e nem capacidade. Mas, doar-se com toda a alma, isto sim.

O Hospital das Crianças ao qual é enviada e que imediatamente adota como sua família, a vê primeiro como solícita cozinheira, depois torna-se responsável da comunidade, infatigável anjo da guarda da obra que ao seu redor se transforma gradualmente na família unida com um único fim: o bem das crianças.

Serena, ativa, audaz nas iniciativas, forte nas provas e na doença, com o inseparável Terço entre as mãos e com o sorriso nos olhos, Irmã Luísa torna-se ela mesma às escondidas, através da sua bondade sem limites, incansável instrumento de misericórdia, para que a mensagem do amor de Deus chegue clara a cada um dos seus filhos.

O único programa expressamente formulado é a frase seguinte: «Fazer o bem a todos, não importa a quem». E se realizam assim com financiamentos que só o céu sabe como a Irmã Luísa consegue obter, salas de operação, sala para os pequenos hospitalizados, novas máquinas, um edifício no Mar do Prata para as crianças convalescentes, uma Capela que hoje é Paróquia, e uma florescente feitoria em City Bell, a fim de que os seus protegidos tivessem sempre uma alimentação sadia.

Durante 54 anos a Irmã M. Luísa será a amiga e confidente, conselheira e mãe, guia e conforto para centenas e centenas de pessoas, de qualquer classe social. No dia 25 de Fevereiro de 1962 concluiu o seu caminho aqui na terra, mas que permanece ainda hoje, — todo o pessoal, médicos em particular — não se esquecem e o Hospital das Crianças assume o nome de «Hospital Superiora Ludovica».


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