Madre querida, eis a minha oração: peço a Jesus que me
atraia às chamas do seu amor, que me una tão estreitamente a Ele, que seja Ele
quem viva e aja em mim. Sinto que quanto mais o fogo do amor abrasar meu
coração, mais repetirei: "Atraí-me".
Sem
dúvida, como santa Maria Madalena, fica aos pés de Jesus, escuta suas palavras
suaves e calorosas. Parecendo nada dar, dá muito mais que Marta, que se atormenta
a respeito de muitas coisas e gostaria que sua irmã a imitasse. Não são os
afazeres de Marta que Jesus censura, esses trabalhos, sua divina Mãe
submeteu-se humildemente a eles a vida toda, pois cabia a ela preparar as
refeições da Sagrada Família. É apenas a inquietação de sua dedicada anfitriã
que Ele quer corrigir.
Todos
os santos compreenderam isso e, mais particularmente, talvez, os que iluminaram
o universo com a doutrina evangélica. Não foi na oração que os santos Paulo,
Agostinho, João da Cruz, Tomás de Aquino, Francisco, Domingos e tantos outros
ilustres amigos de Deus foram encontrar essa ciência divina que encanta os
maiores gênios?
Um
cientista disse: "Dêem-me uma alavanca, um ponto de apoio, e levantarei o
mundo". O que Arquimedes não conseguiu obter, porque seu pedido não foi
feito a Deus e era feito só do ponto de vista material, os santos o obtiveram
em toda a sua plenitude. O Todo-Poderoso deu-lhes como ponto de apoio: Ele
próprio e só Ele. Como alavanca: a oração que abrasa pelo fogo do amor. Foi com
isso que ergueram o mundo. É com isso que os santos que ainda militam o erguem.
Até o final dos séculos, será com isso também que os santos que vierem haverão
de erguê-lo.
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