“A flor que vai contar sua história se
alegra em poder apregoar as delicadezas totalmente gratuitas de Jesus.
Reconhece que nada havia nela capaz de atrair seus olhares divinos, e que
somente sua misericórdia fez tudo que de bom há nela...
Foi Ele quem a fez nascer numa terra
santa e toda impregnada por um perfume virginal (seus pais). Ele fez com que a
precedessem oito lírios reluzentes de brancura (seus irmãos). Em seu amor, quis
preservar sua florzinha do sopro envenenado do mundo; e mal se entreabria sua
corola, este divino Salvador a transplantou para a montanha do Carmelo (aos 15
anos), onde os dois lírios (suas irmãs Maria e Paulina) que a haviam cercado de
carinho e embalado na primavera de sua vida já exalavam seu suave perfume...
Já se passaram sete anos desde que a
florzinha se enraizou no jardim do Esposo das Virgens, e agora três
lírios (sua irmã Celina também entrou no Carmelo) balançam ali suas corolas
perfumadas; um pouco mais longe, outro lírio está se abrindo ante o olhar de
Jesus (sua irmã Leônia era Clarissa).
E os dois caules benditos (seus pais) dos
quais brotaram estas flores já estão reunidos na pátria celestial para sempre...
Aí se reencontraram com os outros quatro lírios que não chegaram a abrir suas
corolas na terra... (seus quatro irmãos que morreram na infância)
Oh! Que Jesus se digne não deixar por muito
tempo nesta terra estranha as flores que ainda permanecem no exílio! que em
breve o ramo de lírios se complete no céu!”
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