A vida de comunhão com Deus e entre nós é a
finalidade própria do anúncio do Evangelho, a finalidade da conversão ao
cristianismo: "O que nós vimos e ouvimos, isso vos anunciamos,
para que também vós estejais em comunhão conosco”.
Por conseguinte, esta dúplice comunhão com Deus
e entre nós é inseparável. Onde se destrói a comunhão com Deus, que é comunhão
com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo, destrói-se também a raiz e a
fonte da comunhão entre nós. E onde a comunhão entre nós não for vivida, também
a comunhão com o Deus-Trindade não é viva nem verdadeira, como ouvimos.
A comunhão, fruto do Espírito Santo é
alimentada pelo Pão eucarístico e exprime-se nas relações fraternas, numa
espécie de antecipação do mundo futuro. Na Eucaristia, Jesus alimenta-nos,
une-nos a Si, com o Pai, o Espírito Santo e entre nós, e esta rede de unidade
que abraça o mundo é uma antecipação do mundo futuro neste nosso tempo.
Precisamente assim, sendo antecipação do mundo futuro, a comunhão é um dom
também com consequências muito reais, que nos faz sair das nossas solidões, dos
fechamentos em nós mesmos, e nos torna partícipes do amor que nos une a Deus e
entre nós.
Papa Bento XVI – 29 de
março de 2006
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