O Evangelho apresenta-nos a jovem de Nazaré
que, tendo recebido o anúncio do Anjo, parte depressa para ir ter com Isabel,
nos últimos meses da sua gravidez prodigiosa. Ao chegar à sua casa, Maria ouve
dos seus lábios as palavras que compõem a oração da “Ave-Maria”: Bendita
és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
Com efeito, o maior dom que Maria oferece a
Isabel — e ao mundo inteiro — é Jesus, que já vive nela; e vive não só por fé e
expectativa como em tantas mulheres do Antigo Testamento: da Virgem Jesus
assumiu a carne humana para a sua missão de salvação.
Na casa de Isabel e do seu marido Zacarias,
onde antes reinava a tristeza pela falta de filhos, agora há a alegria da
chegada de um bebê: um menino que se tornará o grande João Batista, precursor
do Messias. E quando Maria chega, a alegria transborda e arrebenta dos
corações, porque a presença invisível, mas real de Jesus a tudo dá sentido: a
vida, a família, a salvação do povo... Tudo!
Esta alegria plena exprime-se com a voz de
Maria na oração maravilhosa que o Evangelho de Lucas nos transmitiu e que,
desde a primeira palavra latina, se chama Magnificat. É um canto de louvor a
Deus que realiza grandes coisas através das pessoas humildes, desconhecidas ao
mundo, como a própria Maria, o seu esposo José, e também o lugar no qual vivem,
Nazaré.
As grandes coisas que Deus realizou com as
pessoas humildes, as coisas grandes que o Senhor faz no mundo com os humildes,
porque a humildade é como um vazio que deixa espaço a Deus. O humilde é
poderoso porque é humilde: não porque é forte. Esta é a grandeza do humilde e
da humildade. Gostaria de vos perguntar — e também a mim mesmo — sem responder
em voz alta, cada um responda no coração: “Como está a minha humildade?”.
Papa Francisco – 15 de
agosto de 2017
Hoje celebramos:
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