sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

20 de dezembro - São Zeferino - Papa


São Zeferino foi o 15º Papa da Igreja Católica, morreu martirizado, em defesa da Igreja de Cristo.  Era natural de Roma. Dedicou-se com muita diligência e zelo, pregando e testemunhando o Evangelho com grande virtude e sabedoria, qualidades que floresceram no pontificado de São Vitor I, de quem se tornaria sucessor na Sé apostólica.

Após o glorioso martírio do Papa São Vitor, ocorrido no dia 28 de julho de 199, o povo de Deus, unido ao clero, reuniu-se em intensas orações, a fim de que o Senhor iluminasse o rebanho para a escolha de um digno vigário.  Depois de onze dias de intensas orações, o Espírito Santo manifestou-se em forma de pomba e desceu sobre a cabeça do então presbítero Zeferino, onde repousou por um breve espaço de tempo, desaparecendo em seguida.  Os fiéis logo identificaram a escolha de Deus. Por unanimidade, o elegeram no mês de agosto daquele ano, quando assumiu honrosamente o governo da Igreja.

O Papa é descrito por Santo Hipólito na “Philosophymena” (IX, XI) como um homem simples sem educação. Obviamente, isso significa que Zeferino não completou o ensino superior e se dedicou à administração prática da Igreja e não aos estudos teológicos. Imediatamente após sua ascensão à Sé Romana, Zeferino chamou a Roma o confessor Calisto, que vivia em Antium e recebia uma pensão mensal do Papa Vítor, e encarregou-o da supervisão do coemeterium. É evidente que, pouco tempo antes, a comunidade cristã romana, sob Vítor, tornou-se dona de um local de sepultamento comum na Via Apia, e Zeferino colocou Calisto aos cuidados desse cemitério que recebeu o nome deste último. Sem dúvida, Zeferino também nomeou Calisto diácono da Igreja Romana. Ele era o conselheiro confidencial do papa, a quem ele sucedeu. As posições sociais dos cristãos, que permaneceram favoráveis ​​durante os primeiros anos do governo do imperador Septímio Severo (193-211), estavam piorando a cada dia, e em 202 ou 203 o edito de perseguição parecia que proibia a conversão ao cristianismo sob severas punições. Nada se sabe sobre o cumprimento do decreto em Roma ou dos mártires da Igreja Romana na época.

Editou importantes regras canônicas, especialmente as relativas à disciplina eclesiástica.  Foi ele quem determinou que os fiéis católicos comungassem, pelo menos na ocasião da Festa da Páscoa.  Também, quanto aos cálices sagrados, até então confeccionados em madeira, determinou que deveriam ser feitos, ao menos de vidro.

Durante seu pontificado, surgiram inúmeras heresias que foram duramente combatidas pelo Papa. São Zeferino governou a Igreja até o ano de 217 (ou 218), quando recebeu a auréola dos mártires sob o governo do imperador Antonino.


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