sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Tríduo de Santa Mônica - Terceiro Dia

TERCEIRO DIA

MÔNICA – RETORNA À CASA DO PAI
                                              
SINAL DA CRUZ:
Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
Socorrei-me sem demora
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
Como era no princípio, agora e sempre. Amem. Aleluia

HINO
Unânimes proclamem séculos e povos
Teu nome, Ó Mônica, é reconhecido,
O mundo inteiro em cantos sempre novos
Louve tua vida, teu exemplo oferecido.

Tu que pátria e cidade abandonaste
Por teu amor materno conduzida,
E as tormentas do mar desafiaste
E em pós do filho, por terra desconhecida.

Tuas lágrimas combatem a vaidade
Em que o filho se apoiava confiante:
Ó vencedora de heresias, na verdade,
Derrotas o erro e, com Cristo, sais triunfante.                  

À força de tuas lágrimas e preces,
Aquele duro coração dobrar pudeste
E convertê-lo ao grande Deus que reconheces
Depois do teu sofrer tu mereceste.

Vences no filho os rebeldes corações
De tantos inimigos da piedade:
Faze também que, em nosso tempo de ilusões,
Triunfe o Cristo para o bem da humanidade.

Realizada, ó mãe, em teu desejo antigo,
Já não procures à tua África voltar,
Ó santa mulher forte, os santos dão-te abrigo:
Apressa-te, pois no céu tens teu lugar.

Seja a honra ao Pai e ao Filho muito amado,
E também a vós que a Divindade partilhais,
Ó Santo Espírito, com ambos adorado,
Pelos séculos dos séculos eternais. Amém.

Responsório:
P: Para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro.
T: Tenho desejo de partir para estar com Cristo.

OREMOS:
Senhor nosso Deus, misericórdia dos que em vós esperam, que ornastes vossa serva Santa Mônica com o dom inestimável de reconciliar convosco seu marido e seus filhos, por meio da oração e do exemplo; concedei-nos ser, por meio de sua intercessão, mensageiros do vosso amor para conosco e conduzir para vós os corações dos nossos irmãos. Por Cristo, nosso Senhor, na unidade do Espírito Santo!  
Amém.

Confissões IX, 10-11

A morte de Mônica

“Mas tu sabes, Senhor, que naquele dia, à medida que falávamos das coisas, quanto nos parecia vil este mundo, com todos os seus deleites – disse-me minha mãe: “Filho, quanto a mim, já nada me atrai nesta vida. Não sei o que faço ainda aqui, nem por que ainda estou aqui, se já se desvaneceram pra mim todas as esperanças do mundo. Uma só coisa me fazia desejar viver um pouco mais, e era ver-te católico antes de morrer. Deus me concedeu esta graça superabundantemente, pois te vejo desprezar a felicidade terrena para servi-lo. Que faço, pois, aqui?”

Não me lembro bem o que respondi a tais palavras. Mas cerca de cinco dias mais tarde, ou
pouco mais, caiu de cama, com febre. Durante a doença, teve um dia um desmaio, ficando por pouco tempo sem sentidos e sem reconhecer os presentes.
Acudimos de imediato, e logo voltou a si. Vendo-nos a seu lado, a mim e a meu irmão (chamava-se Navígio, e era o mais velho dos irmãos), perguntou-nos, como quem procura algo: “Onde estava eu?” – Depois, vendo-nos atônitos de tristeza, nos disse: “Sepultareis aqui a vossa mãe” – Eu me calava, retendo as lágrimas, mas meu irmão disse umas palavras em que desejava vê-la morrer na pátria e não em terras distantes.

Ao ouvi-lo, minha mãe repreendeu-o com o olhar, e aflita por ter pensado em tais coisas; depois, olhando para mim, disse: “Vê o que ele diz” – E depois para ambos: “Sepultem este corpo em qualquer lugar, e não se preocupem mais com ele. Peço apenas que se lembrem de mim diante do altar do Senhor, onde quer que estejam”. E tendo-nos exposto seu pensamento com as palavras que pôde, calou-se; sua moléstia agravou-se e suas dores aumentaram.

Mas eu, ó Deus invisível, meditando nos dons que infundes no coração de teus fiéis, e nas
admiráveis colheitas que deles brotam, alegrava-me e te dava graças. Lembrava-me do grande cuidado que sempre demonstrara acerca de sua sepultura, adquirida e preparada junto ao corpo do marido. Tendo vivido com ele na maior concórdia, assim também queria – visão própria da alma humana incapaz das coisas divinas – ter a felicidade de que os homens recordassem que, depois de sua viagem para além-mar, lhe fora concedida a graça de a mesma terra cobrir o pó de ambos os cônjuges.

Quando esta vaidade havia deixado de existir em seu coração, pela plenitude de tua
bondade, eu não o sabia, mas alegrava-me com admiração ao ouvi-la falar assim. No entanto, naquela conversa à janela quando me disse: “Que faço eu aqui?” – já estava patente que não mais desejava morrer na pátria.

Soube também depois que em Óstia, estando eu ausente, falou certo dia com alguns
amigos meus, com maternal confiança, sobre o desprezo desta vida e o benefício da morte. Eles, maravilhados da coragem dessa mulher – dádiva tua – perguntaram-lhe se não temia deixar o corpo tão longe da pátria. “Nada está longe para Deus – disse ela – nem preciso temer que ele ignore, no fim dos tempos, o lugar onde me ressuscitará”.

Por fim, nove dias após cair enferma, aos cinqüenta e seis anos de idade e aos trinta e três
da minha, aquela alma santa e piedosa libertou-se do corpo.

Salmo 127
R.O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.

Feliz és tu se temes o Senhor
e trilhas seus caminhos!
Do trabalho de tuas mãos hás de viver,
serás feliz, tudo irá bem! R.

A tua esposa é uma videira bem fecunda
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira
ao redor de tua mesa. R.

Será assim abençoado todo homem
que teme o Senhor.
O Senhor te abençoe de Sião,
cada dia de tua vida,
para que vejas prosperar Jerusalém, R.

E os filhos dos teus filhos.
Ó Senhor, que venha a paz a Israel,
que venha a paz ao vosso povo! R.

Oração Final
Concedei-nos Ó Deus a sabedoria e o amor que inspirastes à vossa filha Santa Mônica, para que, seguindo seu exemplo de fidelidade, nos dediquemos ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amem!

Oração do Pai Nosso

Oração da Ave Maria

Glória ao Pai


Nenhum comentário:

Postar um comentário