MÔNICA – RETORNA À CASA DO PAI
SINAL DA CRUZ:
Vinde,
ó Deus, em meu auxílio.
Socorrei-me sem
demora
Glória
ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo
Como era no
princípio, agora e sempre. Amem. Aleluia
HINO
Unânimes
proclamem séculos e povos
Teu
nome, Ó Mônica, é reconhecido,
O
mundo inteiro em cantos sempre novos
Louve
tua vida, teu exemplo oferecido.
Tu
que pátria e cidade abandonaste
Por
teu amor materno conduzida,
E
as tormentas do mar desafiaste
E
em pós do filho, por terra desconhecida.
Tuas
lágrimas combatem a vaidade
Em
que o filho se apoiava confiante:
Ó
vencedora de heresias, na verdade,
Derrotas o erro e, com Cristo, sais triunfante.
À
força de tuas lágrimas e preces,
Aquele
duro coração dobrar pudeste
E
convertê-lo ao grande Deus que reconheces
Depois
do teu sofrer tu mereceste.
Vences
no filho os rebeldes corações
De
tantos inimigos da piedade:
Faze
também que, em nosso tempo de ilusões,
Triunfe
o Cristo para o bem da humanidade.
Realizada,
ó mãe, em teu desejo antigo,
Já
não procures à tua África voltar,
Ó
santa mulher forte, os santos dão-te abrigo:
Apressa-te,
pois no céu tens teu lugar.
Seja
a honra ao Pai e ao Filho muito amado,
E
também a vós que a Divindade partilhais,
Ó
Santo Espírito, com ambos adorado,
Pelos
séculos dos séculos eternais. Amém.
Responsório:
P: Para mim, o viver é
Cristo e o morrer é lucro.
T: Tenho desejo de
partir para estar com Cristo.
OREMOS:
Senhor nosso Deus, misericórdia dos que em vós
esperam, que ornastes vossa serva Santa Mônica com o dom inestimável de
reconciliar convosco seu marido e seus filhos, por meio da oração e do exemplo;
concedei-nos ser, por meio de sua intercessão, mensageiros do vosso amor para
conosco e conduzir para vós os corações dos nossos irmãos. Por Cristo, nosso
Senhor, na unidade do Espírito Santo!
Amém.
Confissões IX, 10-11
A morte de Mônica
“Mas tu sabes, Senhor, que naquele dia, à medida que
falávamos das coisas, quanto nos parecia vil este mundo, com todos os seus
deleites – disse-me minha mãe: “Filho, quanto a mim, já nada me atrai nesta
vida. Não sei o que faço ainda aqui, nem por que ainda estou aqui, se já se
desvaneceram pra mim todas as esperanças do mundo. Uma só coisa me fazia
desejar viver um pouco mais, e era ver-te católico antes de morrer. Deus me
concedeu esta graça superabundantemente, pois te vejo desprezar a felicidade
terrena para servi-lo. Que faço, pois, aqui?”
Não me lembro bem o que respondi a tais palavras.
Mas cerca de cinco dias mais tarde, ou
pouco mais, caiu de cama, com febre. Durante a
doença, teve um dia um desmaio, ficando por pouco tempo sem sentidos e sem
reconhecer os presentes.
Acudimos de imediato, e logo voltou a si. Vendo-nos
a seu lado, a mim e a meu irmão (chamava-se Navígio, e era o mais velho dos
irmãos), perguntou-nos, como quem procura algo: “Onde estava eu?” – Depois,
vendo-nos atônitos de tristeza, nos disse: “Sepultareis aqui a vossa mãe” – Eu
me calava, retendo as lágrimas, mas meu irmão disse umas palavras em que
desejava vê-la morrer na pátria e não em terras distantes.
Ao ouvi-lo, minha mãe repreendeu-o com o olhar, e
aflita por ter pensado em tais coisas; depois, olhando para mim, disse: “Vê o
que ele diz” – E depois para ambos: “Sepultem este corpo em qualquer lugar, e
não se preocupem mais com ele. Peço apenas que se lembrem de mim diante do
altar do Senhor, onde quer que estejam”. E tendo-nos exposto seu pensamento com
as palavras que pôde, calou-se; sua moléstia agravou-se e suas dores
aumentaram.
Mas eu, ó Deus invisível, meditando nos dons que
infundes no coração de teus fiéis, e nas
admiráveis colheitas que deles brotam, alegrava-me e
te dava graças. Lembrava-me do grande cuidado que sempre demonstrara acerca de
sua sepultura, adquirida e preparada junto ao corpo do marido. Tendo vivido com
ele na maior concórdia, assim também queria – visão própria da alma humana
incapaz das coisas divinas – ter a felicidade de que os homens recordassem que,
depois de sua viagem para além-mar, lhe fora concedida a graça de a mesma terra
cobrir o pó de ambos os cônjuges.
Quando esta vaidade havia deixado de existir em seu
coração, pela plenitude de tua
bondade, eu não o sabia, mas alegrava-me com
admiração ao ouvi-la falar assim. No entanto, naquela conversa à janela quando
me disse: “Que faço eu aqui?” – já estava patente que não mais desejava morrer
na pátria.
Soube também depois que em Óstia, estando eu
ausente, falou certo dia com alguns
amigos meus, com maternal confiança, sobre o
desprezo desta vida e o benefício da morte. Eles, maravilhados da coragem dessa
mulher – dádiva tua – perguntaram-lhe se não temia deixar o corpo tão longe da
pátria. “Nada está longe para Deus – disse ela – nem preciso temer que ele ignore,
no fim dos tempos, o lugar onde me ressuscitará”.
Por fim, nove dias após cair enferma, aos cinqüenta
e seis anos de idade e aos trinta e três
da minha, aquela alma santa e piedosa libertou-se do
corpo.
Salmo
127
R.O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.
Feliz és tu se temes o Senhor
e trilhas seus caminhos!
Do trabalho de tuas mãos hás de viver,
serás feliz, tudo irá bem! R.
A tua esposa é uma videira bem fecunda
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira
ao redor de tua mesa. R.
Será assim abençoado todo homem
que teme o Senhor.
O Senhor te abençoe de Sião,
cada dia de tua vida,
para que vejas prosperar Jerusalém, R.
E os filhos dos teus filhos.
Ó Senhor, que venha a paz a Israel,
que venha a paz ao vosso povo! R.
Feliz és tu se temes o Senhor
e trilhas seus caminhos!
Do trabalho de tuas mãos hás de viver,
serás feliz, tudo irá bem! R.
A tua esposa é uma videira bem fecunda
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira
ao redor de tua mesa. R.
Será assim abençoado todo homem
que teme o Senhor.
O Senhor te abençoe de Sião,
cada dia de tua vida,
para que vejas prosperar Jerusalém, R.
E os filhos dos teus filhos.
Ó Senhor, que venha a paz a Israel,
que venha a paz ao vosso povo! R.
Oração Final
Concedei-nos Ó Deus a sabedoria e o amor que
inspirastes à vossa filha Santa Mônica, para que, seguindo seu exemplo de
fidelidade, nos dediquemos ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amem!
Oração
do Pai Nosso
Oração
da Ave Maria
Glória
ao Pai
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