Se
alguém der um óbolo a noventa e nove pobres, e em seguida injuriar, agredir ou
despedir um só que seja de mãos vazias, sobre quem cai semelhante tratamento,
senão sobre Aquele que disse, que não deixa de dizer, e que dirá um dia: “Quantas
vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes”? Ele
está, efetivamente, em todos estes pobres, Aquele que é alimentado por nós em
cada um deles. Da mesma maneira, se hoje alguém dá tudo o que é necessário a
todos e amanhã, podendo continuar a fazê-lo, esquece os irmãos e os deixa
morrer à fome, à sede e ao frio, é como se tivesse desprezado e deixado morrer
Aquele que disse: “Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos,
a Mim o fizestes”.
Se
Cristo Se dignou assumir o rosto dos pobres, se Se identificou com todos os
pobres, foi para que nenhum dos que nele creem se eleve acima do seu irmão,
antes o acolha como a Cristo, respeitando-o e aplicando ao seu serviço todos os
recursos de que dispõe, como Cristo derramou todo o seu sangue pela nossa
salvação. Talvez isto pareça penoso a muitos, que considerem razoável pensar: “Ninguém
pode alimentar e cuidar de todos os necessitados, sem esquecer nenhum!” Esses devem
ouvir o que diz S. Paulo: “O amor de Cristo nos constrange, persuadidos de que,
se um só morreu por todos, então todos estão mortos” (2Cor 5,14).
Simeão,
o Novo Teólogo – século X
Hoje celebramos:
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