Santo Agostinho fundou diversos
mosteiros no norte da África, onde numerosos seguidores dos ideais agostinianos
da comunidade de vida monástica viveram.
Após 34 anos da morte do Bispo
de Hipona, a vida dos seguidores de Agostinho mudaria bruscamente: as invasões
na África romana - em primeiro lugar dos vândalos e depois dos árabes -
destruíram as fundações monásticas agostinianas.
Em 484, no reinado de Hunerico,
o rei vândalo, publicou um edito ordenando a dissolução de todos os mosteiros
católicos na região sob seu domínio e que os monges e monjas fossem entregues
aos mouros.
Os sete membros do mosteiro de
Gafsa, na Tunísia, foram capturados, levados a força para Cartago por causa da
recusa em renunciar sua fé. Juntos responderam:
“Um só Senhor, uma só fé, um só
batismo. Guardai o que prometeis. Haveis de perecer com vossas riquezas. Quanto
a nós, ninguém poderá apagar de nossas frontes o sinal que o Criador, no
batismo, dignou-se gravar como propriedade da Santíssima Trindade”.
Eram eles: o diácono Bonifácio,
o subdiácono Servo, o subdiácono Rústico, o abade Liberato,
e os monges Rogato, Sétimo e Máximo. Eram sete como os irmãos Macabeus. A única
e santa mãe, a Igreja Católica os gerara e dera à luz da fonte eterna no
território da cidade de Gafsa.
Primeiro lhes foi oferecido
recompensa se eles abandonassem Cristo e o modo de vida agostiniana. Como eles
não arredaram pé, foram jogados na prisão. Enfrentando as provações, forma
martirizados em Cartago, dando grande exemplo de fortaleza na fé e de unidade
fraterna.
Como eles permaneceram
constantes em sua crença, foram acorrentados e jogados na masmorra. No início,
cristãos fiéis pagavam propina aos guardas e os visitavam dia e noite para
deles receberem instrução e encorajamento em seus próprios sofrimentos pela fé.
Finalmente decidiram que eles
seriam colocados em um navio velho e queimados no mar. O marcha até o mar foi
de alegria, dificilmente diminuída pelos insultos dos arianos que estavam ao
longo do caminho que faziam.
Eles pediam com ardor ao mais
jovem, Máximo, que abandonasse seus companheiros. Sua resposta foi firme:
“Ninguém vai separar-me do meu
santo pai Liberato, ou dos meus irmãos que me viram crescer no mosteiro. Eu
aprendi com eles como viver no temor de Deus. Eu desejo partilhar o sofrimento
com eles porque eu espero participar da glória que está para chegar. Vocês
acham que podem me desviar do meu caminho porque eu sou jovem. O Senhor tem a
intenção de nos reunir a nós sete; ele irá coroar a todos nós com o martírio”.
O navio foi colocado para
velejar sem rumo e ateado fogo diversas vezes, mas o fogo não começava.
Hunerico então ordenou que os monges fossem trazidos para a praia e golpeados
até a morte com os remos.
Eles morreram por Cristo,
unidos em sua fé e fraternidade agostiniana. Era 2 de julho de 484. Embora seus
corpos fossem jogados no mar, foram resgatados pelos fiéis e enterrados no
mosteiro de Biguá, próximo à Basílica de Celerino.
A celebração do ofício foi
concedida à Ordem em 6 de junho de 1671.
Oração
Senhor Deus, que nos santos
mártires Liberato, Bonifácio, Máximo e companheiros, fortalecidos com a força do
Espírito Santo, nos destes um exemplo admirável de fortaleza e unidade
fraterna: concedei-nos, por sua intercessão, que, em meio às vicissitudes deste
mundo, permaneçamos sempre fiéis a Cristo e vivamos na unidade no amor.
Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.
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