sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

20 de janeiro - São Sebastião

São Sebastião é um dos santos mais famosos entre o povo brasileiro, é um exemplo de coragem ante os obstáculos da vida e fidelidade mesmo diante das contrariedades e perseguições. 
É interessante notar o seu empenho em fazer o bem ocultamente, aproveitando todas as circunstâncias para semear alegria, consolo e ânimo para as pessoas próximas, embora sabendo que quando fosse descoberto poderia ter complicações. 
São Sebastião também pode ser reconhecido por sua prontidão em fazer a Vontade de Deus e enorme espírito de serviço, pois após recobrar a saúde ele se volta para os outros e quer continuar fazendo o bem, sem achar que já fez muito na vida e que agora precisa repousar.
Portanto, São Sebastião é exemplo de homem que testemunhou a fé católica e foi anunciador da misericórdia de Deus. Por consequência, tendo a coragem de dizer que a Vida é inalienável desde a concepção até o seu termo natural, e que os símbolos de nossa fé não podem se curvar diante dos “imperadores de plantão”
Venerado como protetor da humanidade contra a fome, a peste e a guerra, São Sebastião foi um oficial romano convertido ao cristianismo e que, por sua fé, foi duplamente martirizado durante o império de Diocleciano, impiedoso perseguidor dos cristãos.
Nascido na França, no final do III século, mudou-se ainda pequeno com sua família para Milão, onde cresceu e foi educado sob os princípios do cristianismo. Sebastião se alistou no serviço militar de Roma e tornou-se, em pouco tempo, um dos oficiais prediletos do imperador, sendo promovido a comandante de sua guarda pessoal.

Secretamente, valendo-se de seu alto posto militar, o santo visitava freqüentemente os cristãos que se encontravam presos para serem levados ao Coliseu, onde seriam devorados por leões ou mortos em lutas com os gladiadores.

Aos seus irmãos na fé, levava palavras de consolo e de ânimo, falando na salvação da vida após a morte, segundo os princípios do cristianismo. Isso ajudava os prisioneiros a enfrentar o martírio que os aguardava.

Denunciado ao imperador Diocleciano, este o impeliu a renunciar a fé cristã. Sebastião, entretanto, diante do imperador, não negou a sua fé e, por isso, foi condenado à morte, sem direito à apelação. Diocleciano deu ordem a seus soldados para o alvejarem com flechadas e, depois, o deixaram sangrar até morrer – este foi o primeiro martírio do santo. É devido a esse martírio que em sua imagem mais conhecida aparece amarrado a um tronco e com o corpo perfurado por flechas.

DUPLO MARTÍRIO
Porém, ele não morre em decorrência das flechadas. Abandonado no local do martírio, para sangrar até a morte, foi encontrado vivo à noite, por mulheres cristãs, lideradas por Irene, esposa do mártir Castulo. Elas foram ao lugar da execução para tirar o corpo e dar sepultura a Sebastião. Ao verem que ainda se encontrava vivo, o levaram e cuidaram de suas feridas.

Passado um tempo, já restabelecido, São Sebastião quis continuar seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia apresentou-se de novo ao imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusados de inimigos do Estado e lhe pediu que deixasse de perseguir os cristãos.
Ignorando os pedidos de seu ex-oficial, o imperador ordenou que fosse morto a pauladas e que seu corpo fosse jogado nos esgotos de Roma, para que não fosse venerado como mártir pelos cristãos.

Mas mais tarde Sebastião apareceu para uma cristã chamada Luciana e disse a ela: "em certo poço você me encontrará pendurado por um gancho e você deve me enterrar nas  catacumbas dos apóstolos".

Na mesma noite ela e seus servos fizeram o que Sebastião ordenou.
Alguns autores dizem que Luciana o enterrou no jardim de sua casa que ficava situado na Via Apia onde está hoje sua Basílica. 

Era o ano de 287 d.C.

Padroeiro do Rio de Janeiro:


Um dos mitos da tutela do Santo no Rio de Janeiro conta dos milagres recebidos pelos portugueses, chefiados por Estácio de Sá, que venceram a resistência de franceses e Tamoios na cidade em 1567.
Os projéteis dos franceses que atingiram os peitos nus dos homens de Estácio – um tal Luís d’Almeida e um índio batizado Marcos, entre outros –, não causaram nenhum dano físico, como se eles estivessem de armadura.

É recorrente também a afirmação de que as feridas das flechadas contra os cristãos rapidamente saravam, o que era tido por milagre de São Sebastião, segundo Manuel de Menezes e Simão de Vasconcellos.


O milagre por excelência, narrado por diversos cronistas, foi "a aparição de São Sebastião, como um desconhecido “soldado gentil homem”, “de notável postura e beleza”,saltando de canoa em canoa e assustando os inimigos, segundo o que teriam afirmado os próprios tamoios e franceses, após fugirem e desarranjarem uma cruel e desigual arapuca de canoas forjada contra os da cidade".

Os povoadores, atribuindo o fato a um milagre, acorreram à Capela de São Sebastião, rendendo-lhe graças pela salvação de suas vidas.


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