Estas semelhanças põem em
evidência duas características relativas à posse do Reino de Deus: a busca e
o sacrifício. É verdade que o Reino de Deus é oferecido a todos — é um
dom, é uma prenda, é graça — mas não é servido num tabuleiro de prata, exige um
dinamismo: trata-se de procurar, caminhar, trabalhar. A atitude da busca é
a condição essencial para encontrar; é preciso que o coração arda com o desejo
de alcançar o bem precioso, ou seja, o Reino de Deus que se faz presente na
pessoa de Jesus. É Ele o tesouro escondido, é Ele a pérola de grande valor. Ele
é a descoberta fundamental, que pode fazer uma mudança decisiva na nossa vida,
enchendo-a de significado.
Face à descoberta inesperada,
quer o camponês quer o mercador dão-se conta de ter uma ocasião única que não
querem perder, e por isso vendem tudo o que possuem. A avaliação do valor
inestimável do tesouro leva a uma decisão que implica também sacrifícios,
desprendimentos e renúncias. Quando o tesouro e a pérola foram descobertos, ou
seja, quando encontramos o Senhor, é necessário que esta descoberta não seja
estéril, mas deve-se sacrificar por ela qualquer outra coisa. Não se trata de
desprezar o resto, mas de o subordinar a Jesus, pondo-O em primeiro lugar. A
graça do primeiro lugar. O discípulo de Cristo não é alguém que se privou de
algo essencial; é uma pessoa que encontrou muito mais: encontrou a alegria plena
que só o Senhor pode doar. É a alegria evangélica dos doentes curados; dos
pecadores perdoados; do ladrão para o qual se abre a porta do paraíso.
Papa Francisco – 30
de julho de 2017
Hoje celebramos:
São Joaquim e Santa Ana
Beato Tito Brandsma
Beato André de Phu Yên
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