Marta e Maria são duas irmãs;
têm também um irmão, Lázaro, que, contudo, neste caso não comparece. Jesus
passa pela sua aldeia e – diz o texto – Marta hospeda. Este
pormenor dá a entender que, das duas, Marta é a mais idosa, a que governa a
casa. De fato, depois de Jesus ter entrado, Maria senta-se aos seus pés e
ouve-o, enquanto Marta andava atarefada com muitos serviços, certamente devidos
ao Hóspede extraordinário.
Parece que vemos a cena: uma
irmã que anda toda atarefada, e a outra como que raptada pela presença do
Mestre e das suas palavras. Um pouco depois Marta, evidentemente ressentida,
não resiste mais e protesta, sentindo-se até no direito de criticar Jesus:
"Senhor, não se Te dá
que a minha irmã me deixe só a servir? Diz-lhe, pois, que me venha
ajudar".
Marta pretenderia até ensinar
o Mestre! Mas Jesus, com grande calma, responde:
"Marta, Marta – e
este nome repetido exprime afeto – andas inquieta e perturbada com
muitas coisas; mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não
lhe será tirada".
A palavra de Cristo é
claríssima: nenhum desprezo pela vida ativa, nem muito menos pela generosa
hospitalidade; mas um chamado claro ao fato de que a única coisa deveras necessária
é outra; ouvir a Palavra do Senhor; e o Senhor naquele momento está ali,
presente na Pessoa de Jesus! Todo o resto passará e nos será tirado, mas a
Palavra de Deus é eterna e dá sentido ao nosso agir cotidiano.
Papa Bento XVI - 18 de julho de 2010
Hoje celebramos:
Santa Marta
Santo Olaf
Santos Zélia Guérin e Luis Martim
Beato Urbano II - Papa
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