Estas
curas são sinais: não se resolvem em si mesmas, mas guiam para a mensagem
de Cristo, guiam-nos para Deus e fazem-nos compreender que a verdadeira e mais
profunda doença do homem é a ausência de Deus, da fonte da verdade e do amor. E
só a reconciliação com Deus pode doar-nos a cura autêntica, a verdadeira vida,
porque uma vida sem amor e sem verdade não seria vida.
O
Reino de Deus é precisamente a presença da verdade do amor e deste modo a cura
na profundidade do nosso ser. Compreende-se, portanto, porque a sua pregação e
as curas que realiza estejam sempre unidas: de fato, formam uma única
mensagem de esperança e de salvação.
Graças
à ação do Espírito Santo, a obra de Jesus prolonga-se na missão da Igreja.
Mediante os Sacramentos é Cristo que comunica a sua vida a multidões de irmãos
e irmãs, enquanto cura e conforta numerosos doentes através das inúmeras atividades
de assistência médica que as comunidades cristãs promovem com caridade fraterna
e mostram assim o verdadeiro rosto de Deus, o seu amor. É verdade:
quantos cristãos sacerdotes, religiosos e leigos em todas as partes do mundo
emprestaram e continuam a emprestar as suas mãos, os seus olhos e os seus
corações a Cristo, verdadeiro médico dos corpos e das almas!
Rezemos
a todos os doentes, especialmente por aqueles mais graves, que não podem de
modo algum ocupar-se de si mesmos, mas dependem totalmente dos cuidados do
próximo: possa cada um deles experimentar, na solicitude de quem lhe está
próximo, o poder do amor de Deus e a riqueza da sua graça que salva. Maria,
saúde dos enfermos, reze por nós!
Papa Bento XVI – 08 de fevereiro de 2009
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